Voto 2012

“Não quero apoio de caciques”, diz Fruet sobre segundo turno

O candidato à Prefeitura de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) afirmou, durante debate eleitoral na noite de ontem (10), que “não quer nem irá procurar apoio de caciques” para o segundo turno.

Fruet fez a declaração depois de seu adversário, Ratinho Junior (PSC), angariar nesta semana o apoio do PMDB -do ex-governador Roberto Requião- e de parte do PSDB -do atual governador Beto Richa. Os dois representam os principais grupos políticos do Estado.

Richa, cujo candidato ficou em terceiro lugar na votação de domingo, optou pela neutralidade, mas boa parte de sua base está declarando apoio a Ratinho Junior.
A candidatura de Fruet é sustentada por uma coligação com o PT dos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações), partido que nunca governou o Estado, mas pretende lançar a ministra ao cargo em 2014.

“A política no Paraná sempre foi muito reacionária. [Há] caciques na política do Paraná. Eu não pedi apoio desses caciques e não quero apoio desses caciques nesta eleição”, disse Fruet, durante participação no debate promovido pelo jornal “Gazeta do Povo” na noite de ontem.

Movimento natural

Ratinho Junior afirmou hoje (11), em entrevista à imprensa, que o movimento dos aliados de Richa em direção à sua candidatura é “natural”, já que o “projeto do Gustavo é o projeto do PT”.

“O projeto do PT, possivelmente, não é o do Beto. O Beto vê em mim uma pessoa em que ele vai ter trânsito, vai poder conversar”, disse Ratinho.

No debate da “Gazeta do Povo”, ele também rebateu o questionamento de um ouvinte sobre o fato de ter procurado Richa e Requião para fazer uma aliança para o segundo turno. “No segundo turno, você busca apoio, mas em momento algum vou colocar na mesa a prefeitura em negociação para 2014”, disse o candidato do PSC.

Ratinho, 31, também defendeu que representa uma nova liderança, e não “velhas oligarquias”. “Há uma cultura na política de as grandes oligarquias não incentivarem o nascimento de novas lideranças. Eu fui um pouco contra isso. Eu não tenho apadrinhamento político”, afirmou.

Além do PMDB, o PP, que é da base do governo Richa e da atual gestão da prefeitura, também anunciou apoio à candidatura de Ratinho Junior hoje.
Fruet, por sua vez, ganhou o apoio nesta semana do diretório municipal do DEM, por “afinidade política” -à revelia do diretório estadual, que é aliado ao governo Richa.