Críticas à atual administração e apelo pelo segundo turno marcaram a participação de Gleisi Hoffmann (PT), Maurício Furtado (PV) e Bruno Meirinho (PSOL) no seminário do movimento Voto Consciente na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná.

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Os três candidatos à Prefeitura de Curitiba foram os convidados de ontem do seminário que pretende discutir a transparência na administração pública entre os que disputam o cargo de prefeito da capital.

“O 2.º turno não é importante só para os candidatos, mas para o futuro de Curitiba. Mais vinte dias de debates é muito pouco perto do benefício que esse segundo turno pode trazer para os próximos 4 anos”, declarou Gleisi Hoffmann.

A petista disse, ainda, que a boa avaliação do prefeito é superficial. “As pessoas com quem conversamos dizem que: ‘Curitiba tem uma boa administração, mas o sistema de saúde não dá conta da demanda, mas não temos universalização das creches, mas falta segurança, mas nosso transporte coletivo está em decadência”, declarou.

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“Curitiba sempre foi exemplo de desenvolvimento urbano, mas, cada vez mais, estamos ficando parecidos com as outras cidades. Quem já teve um passado como o de Curitiba, não se contenta em apenas ser igual aos outros”, concluiu.

A candidata propôs a inclusão dos outros prefeitos que integram a Rede Integrada de Transportes na discussão e análise das planilhas do transporte coletivo e a parceira com clínicas particulares para reduzir a espera por consultas e exames no Sistema Único de Saúde.

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“Estamos vivendo um marasmo triunfalista que não é benéfico nesta campanha. Discutirmos a cidade no segundo turno seria educativo e melhoraria o entendimento de democracia do curitibano”, comentou Maurício Furtado. “Há um sentido de alienamento. Parece que todo mundo está satisfeito com a mediocridade, sem nenhum destaque para o mal ou para o bem”, prosseguiu.

O candidato do PV defendeu a transparência já na campanha, com a divulgação espontânea dos doadores e valores doados e apresentou sua proposta para a recuperação dos rios da cidade, com a construção de canais fechados às margens dos rios para receber o esgoto e a construção de um parque linear ao longo dos 22 quilômetros do Rio Belém.

Bruno Meirinho destacou o objetivo de “despertar o senso de justiça do curitibano” de sua candidatura e reforçou seu discurso – socialização das riquezas – e de que “Curitiba é uma cidade modelo de exclusão”.

“Curitiba tem o 4.º PIB do país, mas é a 19.ª cidade em Índice de Desenvolvimento Humano e a quarta capital em número de homicídios”, protestou.

O candidato criticou a especulação imobiliária que, segundo ele, é responsável pelo déficit habitacional da cidade, “que tem 40 mil famílias sem moradias e inúmeros prédios vazios, principalmente no centro da cidade”, sugerindo o aumento progressivo do IPTU para os proprietários de imóveis desocupados. No final, os candidatos assinaram um termo em que se comprometem a implementar mecanismos de transparência na gestão pública.