Movimento tenta anular convenção peemedebista

O grupo intitulado “Movimento Democrático de Base” resolveu colocar mais lenha na fogueira da briga interna do PMDB de Curitiba, ajuizando um pedido no Tribunal Regional Eleitoral para anular a convenção realizada no último domingo e cujos resultados ainda são desconhecidos. O “Movimento Democrático de Base” foi a terceira chapa inscrita na convenção e alega que houve abuso de poder econômico e de autoridade na votação de domingo. Eles também pediram ao diretório nacional a dissolução do atual diretório municipal e a realização de uma nova convenção.

Em decorrência das divergências entre a ala pró-candidatura própria e o setor que defende aliança no 1.º turno com o PT na sucessão municipal do próximo ano, as urnas foram lacradas e os votos não foram apurados.

Conforme o coordenador da chapa, Eduardo Antunes Rodrigues, houve participação de funcionários do governo do Estado na campanha da chapa liderada pelo secretário de Educação, Maurício Requião, e pelo atual presidente do partido, Doático Santos. Antunes afirmou que esse envolvimento caracteriza a irregularidade.

Conforme Antunes, a chapa de Doático se serviu do trabalho de funcionários das secretarias de Saúde e Educação. O coordenador classificou de “excessivos” os gastos da chapa pró-aliança na convenção. Ele acusa Doático de alugar 150 carros destinados a transportar filiados para votar na convenção. O grupo acusa o dirigente peemedebista de financiar atividades da campanha com recursos do fundo partidário. No pedido encaminhado ao TRE, o Movimento Democrático de Base pede a inelegibilidade de Doático por três anos.

“Provocadores”

O presidente municipal do partido classificou as denúncias como “picaretagem” e disse que o Movimento Democrático de Base é um “grupo laranja” montado pelo presidente estadual do partido, Gustavo Fruet, e pelo diretor-geral do Detran e candidato a presidente da chapa em defesa da candidatura própria, Marcelo Almeida. “Eles só querem me provocar. Durante a convenção, não apresentaram nenhum pedido de impugnação de votos ou contestaram a votação”, afirmou.

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