O juiz federal Sérgio Moro determinou que seja devolvido o passaporte de Cláudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão atende a um pedido da defesa dela.

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A força-tarefa da Lava Jato havia se manifestado contra o pedido da jornalista para devolução de seu passaporte pela Justiça Federal em Curitiba. Os procuradores da República que investigam Cláudia temiam que ela pudesse fugir do País.

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Na decisão, Moro afirmou que “foi iniciativa da própria defesa o depósito do passaporte em Juízo”.

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“De todo modo, não foi decretado por este Juízo medida cautelar de proibição para que Cláudia Cordeiro Cruz deixe o País. Considerando ainda o papel subsidiário da acusada no suposto esquema criminoso, não vislumbro razões concretas para estabelecer tal proibição, reputando remoto o risco à aplicação da lei penal especificamente quanto a ela”, anotou o juiz da Lava Jato. “Assim, autorizo a devolução do passaporte de Cláudia Cordeiro Cruz à Defesa, mediante termo.”

Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, “Claudia sempre se colocou à disposição do juízo, prestou informações, depoimentos, e continuará colaborando, de forma que não havia motivo para a apreensão de seu passaporte”. Para a defesa, a decisão levou em consideração esses fatos e concluiu “pela desnecessidade de qualquer medida cautelar.”