O ministro José Eduardo Martins Cardozo, da Justiça, afirmou neste domingo (12) que todos os indícios de irregularidades existentes no âmbito da Operação Lava Jato provocaram a abertura de inquéritos policiais que estão em curso sem qualquer interferência política. “O desejo real é que se apure os ilícitos e puna-se os eventuais responsáveis”, declarou Cardozo.

continua após a publicidade

A Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março de 2014 e identificou suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras, entre 2004 e 2012, período em que Paulo Roberto Costa ocupou o cargo de diretor de Abastecimento.

Costa fez delação premiada e revelou que pelo menos 32 parlamentares teriam recebido propinas. Nas buscas na residência e no escritório da empresa de consultoria de Costa, a Polícia Federal apreendeu documentos, ainda no mês de março, que levaram à abertura de novos inquéritos, alguns relativos a contratos de concessões públicas. “Isso não quer dizer que todos os contratos de concessões do governo federal estejam sob suspeita”, alertou o ministro.

Cardozo anotou ainda que “não procede a informação de que todas as empresas que contrataram com o governo federal participem de organização criminosa ou estão sendo investigadas”.

continua após a publicidade

“É importante que se esclareça que quaisquer tentativas de se fazer acusações genéricas sem qualquer base na realidade apenas têm por objetivo criar insegurança jurídica e indesejável incerteza econômica, o que não podemos aceitar”, advertiu o ministro da Justiça.