Ministro diz que houve um mal-entendido

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, disse ontem que houve um mal-entendido no Congresso Nacional sobre a discussão dos recursos que serão destinados ao Bolsa Família. "Ou está faltando informação ou é uma disputa política", afirmou o ministro.

De acordo com o ministro, a transferência do dinheiro faz parte da estratégia do governo, que consiste em unificar os programas sociais. Patrus explicou que o Peti prevê dois tipos de repasses de verbas aos municípios brasileiros. Uma parte dos recursos é destinada às famílias inscritas no programa, que recebem R$ 40 por criança retirada do trabalho infantil – no caso de famílias que morem na cidade – e R$ 25 para aquelas que moram no campo.

A outra parte da verba é repassada para as prefeituras investirem em centros onde são promovidas atividades socioeducativas para as crianças freqüentarem no turno em que não estão na escola. Neste caso, são repassados R$ 20 por criança da área rural e R$ 10 por criança da área urbana. "O que nós estamos fazendo é trazer para o Bolsa Família o repasse de verbas do Peti que é feito para as famílias. E os recursos do Peti serão totalmente destinados a ações socioeducativas", explicou o ministro.

Patrus afirmou que as famílias continuariam recebendo o mesmo valor do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, mas por meio do cartão do Bolsa Família. "Com isso, nós estamos ampliando o cadastro único. Isso vai possibilitar que nós tenhamos um maior controle e uma maior fiscalização, garantindo que os recursos cheguem efetivamente às famílias pobres", destacou.

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) acusou o governo de estar interessado em fazer marketing com a retirada dos recursos. "Estamos vendo a retirada marqueteira de algo meritório, para algo que também é meritório. A retirada é marqueteira por que o Bolsa Família é menina dos olhos desse governo. Trata-se de mera jogada de marketing e o PSDB não concordará com isso", criticou o senador.

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