Miguel Rossetto diz que ‘iniciativas golpistas’ do PSDB são inaceitáveis

Responsável pela articulação do Palácio do Planalto com movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, acusou nesta quarta-feira, 8, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), de promover “iniciativas golpistas” que provocam “perplexidade da consciência democrática” do Brasil.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 7, Aécio disse que o “discurso golpista é do PT, que não reconhece instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia”. Conforme informou o jornal jornal O Estado de S. Paulo, Dilma afirmou a auxiliares que vai defender seu mandato com “unhas e dentes”.

“Há uma perplexidade da consciência democrática do nosso País”, disse Rossetto a jornalistas, depois de gravar o programa radiofônico “Bom Dia, Ministro”, em Brasília. “É absolutamente inaceitável as iniciativas golpistas antidemocráticas do PSDB lideradas pelo senador Aécio Neves. Que a sociedade reaja a essas iniciativas, que buscam romper uma legalidade democrática, o que é extremamente grave, inaceitável e lamentável.”

Na avaliação do ministro, o Planalto sabe diferenciar o ambiente democrático, marcado pelo debate político, de um ambiente que “busca insistentemente produzir instabilidade”. “E alguns, mais irresponsáveis, buscam inclusive uma instabilidade institucional, o que é inaceitável”, criticou Rossetto.

Pedaladas

Em agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) deve julgar o caso envolvendo as chamadas “pedaladas fiscais” – os atrasos de repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos para melhorar artificialmente as contas do governo federal. O governo tem até o dia 22 deste mês para apresentar os esclarecimentos solicitados pelo órgão.

Estamos absolutamente confiantes por conta da qualidade e da legalidade de todos os atos da presidente Dilma Rousseff”, garantiu Rossetto, ao ser questionado sobre a análise do TCU.

Conforme informou a reportagem nesta quarta-feira, o governo já montou uma estratégia para sensibilizar aliados a não aderir a um eventual processo de impeachment contra Dilma, caso as contas sejam condenadas pelo TCU.