Mesmo sem candidatura, Ciro abre programa eleitoral

Mesmo não concorrendo a nenhum cargo, Ciro Gomes abriu hoje o programa eleitoral gratuito no Ceará. Ele pediu votos para os candidatos a deputado federal da coligação “Um Ceará melhor para todos”, que tem o irmão dele, o governador Cid Gomes (PSB), como candidato à reeleição. Ciro começou dizendo que queria disputar a Presidência da República. Em seguida, falou que não era candidato a nada, mas pediu a seus eleitores que votassem nos candidatos que apoiam Cid para governador e a petista Dilma Rousseff para presidente.

“Não sou candidato a nada. Mas gostaria muito de pedir ao povo cearense, sobretudo a vocês, eleitores que me honraram com o seu voto, que agora votem nos deputados da nossa coligação; nos deputados que estão apoiando Cid governador e Dilma para presidente”, disse Ciro. Descartado da disputa para presidente pelo próprio partido e deputado federal no fim do mandato, atualmente, ele se dedica à campanha do irmão para o governo e da ex-mulher, senadora Patrícia Saboya, para deputada estadual.

Logo depois do depoimento de Ciro, a voz de um locutor citou Lula: “Conheça os deputados que estão com Cid governador e Dilma presidente para continuar o trabalho que Lula está fazendo pelo Brasil e pelo Ceará”. A imagem de Lula junto a Cid estava presente no pano de fundo de todos os candidatos a deputado federal da coligação. Nele, aparecia também Dilma, ladeada pelos candidatos ao Senado, Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT).

A imagem menos nítida e levemente desfocada de Pimentel destoava das demais. Até abril deste ano, Cid cogitava fazer aliança, mesmo que informal, com o PSDB para apoiar a reeleição do senador Tasso Jereissati. Ele acabou fechando acordo com o PT, que impôs a Cid a candidatura de Pimentel ao Senado.

Já nos programas dos candidatos tucanos e democratas, não se via a imagem do presidenciável José Serra (PSDB). O nome dele sequer foi citado pelos candidatos a deputado federal dos dois partidos, que pediram votos apenas para si, para o senador Tasso Jereissati e para o tucano candidato ao governo, Marcos Cals. Coordenadora da campanha de Dilma, no Ceará, a prefeita Luizianne Lins (PT), abriu o bloco dos candidatos petistas. Mas acabou também não citando o nome da presidenciável do partido.