O pré-candidato e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) afirmou nesta segunda-feira, 18, durante o Fórum Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), que está preocupado com as propostas dos “candidatos dos extremos”.

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Sem citar nomes, Meirelles disse que em um dos polos estão os candidatos que pregam “desfazer reformas fundamentais” e não fazer “reformas que ainda precisam ser feitas”.

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Em outro polo, segundo Meirelles, estaria o candidato que “promete distribuição de armas”. ” Imagine isso espalhado pelo País? Qualquer briga de trânsito pode ter duas pessoas armadas. Isso é selvageria”, afirmou.

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Meirelles se disse “totalmente entusiasmado” com sua candidatura e considera que o País tem uma oportunidade histórica de crescimento. Sobre a situação econômica do País, reconhece que não é a que queria – e que embora o governo tenha criado dois milhões de postos de trabalho, a quantidade foi insuficiente para um déficit de 14 milhões. “A situação do desemprego é algo que me entristece”, disse.

Perguntado sobre o peso do legado do governo Temer em sua performance em pesquisas eleitorais, Meirelles respondeu que “nada impede” que sua candidatura decole. Para ele, o que dificulta o crescimento nas pesquisas é o fato de ainda não ser conhecido pela maioria da população. “Mas é questão de tempo. Estaremos no segundo turno e venceremos.”

O pré-candidato do MDB disse ter “evidências concretas” de que ganhará a convenção nacional do partido e será lançado como candidato oficial ao Planalto. “(Sobre) a convenção, a única dúvida que temos é o tamanho da vitória. Queremos ter uma vitória consagradora, vitória em que haja uma grande união do partido. Que ganharemos, não tenho dúvidas”, disse.

Perguntado sobre os questionamentos de correligionários sobre a sua campanha, disse que o MDB é um grande partido, está presente no País inteiro e é normal que existam diferentes tipos de opinião dentro da sigla.

Sobre a fala do senador Renan Calheiros, especificamente, que disse ao jornal O Estado de S. Paulo que Meirelles não deve ser homologado na convenção de julho, Meirelles rebateu que trata-se de uma “opinião legítima, mas ele está errado”. “Teremos uma grande vitória na convenção e já tenho evidências concretas disso do País inteiro”, completou o presidenciável.

Meirelles disse também que não cabe a ele a defesa jurídica do legado do presidente Michel Temer. “Defendo o que foi feito no governo, defesa jurídica de Temer é outra questão”, afirmou. Ele citou como conquista do governo a PEC do Teto e a terceirização.