Maurício Requião vai mesmo apoiar Vanhoni

O secretário estadual da Educação e dirigente do PMDB de Curitiba, Maurício Requião, anunciou ontem o seu apoio à candidatura do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado estadual Angelo Vanhoni (PT), à sucessão do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) nas eleições do próximo ano.

“Meu candidato é o Vanhoni”, declarou Mauricio, irmão mais novo do governador Roberto Requião (PMDB), que venceu o deputado federal Gustavo Fruet, atual pré-candidato do partido, na convenção do partido na eleição de 2000. Maurício fez 89,01 mil votos no primeiro turno e apoiou Vanhoni no segundo turno.

Maurício descartou a possibilidade de vir a entrar na disputa – apesar de avaliar que a legislação não é conclusiva a respeito da proibição a candidaturas de parentes de chefes do Executivo – e defendeu a união dos partidos de oposição ao prefeito em torno de uma chapa encabeçada pelo PT. O secretário justificou que Vanhoni é o nome que apresenta as melhores condições para aglutinar as forças de oposição ao grupo do atual prefeito.

O secretário afirmou que respeita o presidente estadual do partido e pré-candidato a prefeito do PMDB, mas que sua decisão se baseia no fato de Vanhoni ter o que chamou de “credenciais” para vencer a disputa. “Não se trata de comparar pessoas. Individualmente, vejo muitas qualidades no Gustavo, assim como no vereador Paulo Salamuni. Eles têm as condições pessoais, morais e técnicas para concorrer à prefeitura, mas as condições políticas quem reúne é o Vanhoni”, justificou.

Para o secretário, a atuação de Vanhoni como líder do governo na Assembléia e seu desempenho na eleição de 2000 o qualificaram para representar a aliança PMDB/PT no processo eleitoral de 2004. “Se lá na frente, as condições do Vanhoni mudarem, a minha posição pode mudar”, ressalvou.

Mauricio comentou ainda que respeita o deputado federal Florisvaldo “Rosinha” Fier, que está disputando no PT a indicação com Vanhoni para concorrer à prefeitura, mas acha que o petista não possibilitaria uma aliança mais ampla. “Tenho o maior respeito pelo Rosinha, mas ele não reúne as condições. Se o PT decidir pelo Rosinha, não haverá possibilidade de um acordo com o PMDB”.

O secretário avalia que a eleição do próximo ano será difícil e que o PMDB, PT e aliados devem construir as condições para a vitória já no primeiro turno. “Acredito que será a eleição do Caixa 3, 4 e 5. É a última trincheira deste grupo, que vai fazer o possível para se manter. Quando a oposição se uniu no segundo turno, ganhou a eleição. Então, por que esperar?”, afirmou o secretário, referindo-se a Taniguchi e aliados.

Caíto acha discussão prematura

O secretário da Casa Civil e vice-presidente estadual do PMDB, Caito Quintana, considera “precipitado” o intenso debate interno no partido sobre as candidaturas e coligações para a eleição municipal em Curitiba no próximo ano. De acordo com o secretário, a eleição da nova direção municipal do partido em Curitiba está se misturando ao debate sobre as eleições do próximo ano, atropelando a agenda interna do partido.

Para Quintana, não é hora de se definir nomes de candidatos, mas o momento é para que cada sigla busque se consolidar e fortalecer seus próprios nomes. “O objetivo de todos é a vitória. Vamos discutir e ver se lá na frente, para chegar a vitória, o caminho é a aliança ou a candidatura própria”, afirmou.

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