O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse hoje, 11, que negocia com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, um cronograma para a liberação de recursos do Minha Casa, Minha Vida em 2020.

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O Orçamento deste ano prevê R$ 2,7 bilhões para honrar a continuidade de obras já contratadas pelo programa habitacional. No entanto, o setor da construção civil reclama da falta de previsibilidade. No ano passado, os desembolsos foram alvos de bloqueios devido à frustração na arrecadação federal.

“O calendário inicialmente é o que foi aprovado pelo Parlamento brasileiro. É bom lembrar que o Orçamento é impositivo e precisa ser empregado em sua integralidade”, disse.

Marinho disse ainda que já teve duas conversas com o presidente Jair Bolsonaro sobre sua missão à frente da pasta e pediu um prazo para discutir alternativas de reestruturação do programa habitacional.

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Seu antecessor, Gustavo Canuto, tentava emplacar um modelo de ‘voucher’, uma espécie de crédito para que famílias em municípios menores conseguissem comprar, reformar ou construir a casa própria. O modelo, porém, enfrenta resistências e dificuldades operacionais, sobretudo na fiscalização da aplicação do dinheiro.

O novo ministro disse que “de forma alguma” o debate sobre o novo Minha Casa nasce do zero e disse que serão consideradas as discussões feitas na gestão anterior. Ele, porém, não deu detalhes se o modelo do voucher vingará.

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Marinho disse ainda que, neste primeiro momento, o foco é conhecer e tomar pé de todas as agendas do ministério. “Estamos falando de segurança hídrica, habitação, saneamento, defesa civil. Nossas prioridades são diversas”, afirmou.

Em seu discurso, o novo ministro fez uma saudação a prefeitos, vereadores, governadores e deputados estaduais, além dos próprios integrantes do Congresso Nacional. Ex-deputado, Marinho destacou a capilaridade das ações de sua nova pasta. A jornalistas, depois da cerimônia, ele minimizou o fato de este ser um ano de eleições municipais. “A cada dois anos temos eleições, isso faz parte do cenário e na democracia”, disse.