Marina diz que Dilma precisa corrigir rumos no meio ambiente

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva afirmou que terá uma posição favorável à presidente Dilma Rousseff “se ela refizer o caminho do retrocesso [ambiental do seu governo] e assumir novos compromissos” em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. A ex-ministra deu a declaração ao responder se aceitaria reassumir o cargo de ministra do Meio Ambiente do país. “Se a presidente Dilma resolver corrigir os rumos do seu governo, e ainda há tempo, e refazer o caminho do retrocesso e assumir novos compromissos, pode ter certeza que minha posição será favorável”, disse.

Marina palestrou nesta segunda-feira no TED x Rio + 20, evento sobre tecnologia, entretenimento e design que acontece no Forte de Copacabana, no Rio, e antecede o início da Rio +20 (conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável) que vai até o dia 22 de junho. Apesar disso, Marina afirmou que não cogita ser convidada e que não é de oposição ou situação. “Tenho uma posição e já dei minha contribuição. Agora, minha forma de contribuir é pela sociedade”, disse. Para ela, um dos retrocessos foi os vetos ao novo Código Florestal.

Rio+20

A ex-ministra afirmou que o Brasil não está assumindo o papel de protagonista da Rio +20 e que retirou da pauta de discussões temas ambientais importantes para o futuro do planeta. “Infelizmente, o Brasil não está assumindo o papel de protagonista de um evento com essa magnitude. Primeiro, porque reduziu o debate a uma discussão sobre economia, desenvolvimento social e governança separado de ecologia e subtraindo os sistemas ambientas”, disse.

“A Rio 92 surgiu pautada pela ciência e pela opinião pública internacional, com três grandes convenções sobre o clima, a desertificação e a biodiversidade como uma resposta aos graves problemas ambientais surgidos nos últimos anos”, completou. Para a ex-ministra e ex-senadora, a Rio +20 seria uma “grande oportunidade para revisitar os debates e a agenda ambiental que foi subtraída dos debates”. Marina deve participar de alguns debates no Rio e se encontrar com autoridades da ONU.