Com faixas e cartazes pedindo uma “faxina ética” no País e até orações contra a corrupção, a 23ª Marcha para Jesus reuniu nesta quinta-feira, 04, cerca de 340 mil fiéis na zona norte de São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar.

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Os fiéis, de igrejas cristãs de diversas denominações, percorreram quatro quilômetros pela Avenida Tiradentes, da Praça da Luz, no centro, até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na zona norte. O evento é organizado e liderado pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer.

Apesar de o tema principal da marcha ter sido “Exaltando o Rei dos Reis”, houve alguns momentos espontâneos de cunho político. A abertura dos shows – organizados em um palco montado no local – teve uma oração “contra a corrupção”.

Poucos políticos de destaque participaram do evento. O senador Magno Malta (PR-ES), que esteve em um dos dez trios elétricos de música gospel, destacou a manifestação de rua. “Nós estamos na rua enfrentando os políticos e a corrupção. Sem queimar carro, sem destruir patrimônio público, sem estar mascarado. Somos um povo pacífico, mas estamos aqui para requerer direitos”, afirmou o senador do PR.

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Hernandes e sua mulher, Sonia Hernandes, já foram presos em janeiro de 2007 sob acusação de ingressar nos Estados Unidos com US$ 56 mil não declarados. Hernandes foi liberado no fim do ano e Sonia, em 2008. Eles sempre negaram crime de evasão de divisas.

Além de faixas e cartazes com outras pautas como a criminalização do aborto, alguns participantes da marcha estavam no local para defender uma “intervenção militar constitucional”. O movimento SOS Forças Armadas, que esteve presente nos dois protestos contra a presidente Dilma Rousseff, em março e abril, pedia apoio dos militares para que haja uma nova eleição no País em 90 dias. “Precisamos de uma faxina no sistema político brasileiro. Impeachment não vai resolver”, disse o empresário Renato Tamaio, de 48 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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