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Marcela deve acompanhar Temer em viagem à Índia e ao Japão

Se não houver mudanças de última hora, a comitiva do presidente Michel Temer que embarca no fim desta semana para a Índia e o Japão contará com a presença da primeira-dama, Marcela Temer. Depois de estrear no lançamento do programa Criança Feliz, ela deverá comparecer aos compromissos internacionais do marido em seu giro asiático.

Na Índia, Temer participa da reunião de cúpula dos Brics, marcada para os dias 15 e 16. No dia 17, está programada uma reunião com o primeiro-ministro da República da Índia, Narendra Modi.

A aprovação, em primeiro turno, na Câmara, do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que estabelece um teto para o crescimento dos gastos públicos, deverá ajudar Temer a apresentar o Brasil como um país que reconstrói oportunidades de investimento. Na agenda oficial da cúpula está prevista a assinatura de acordos nas áreas de cooperação alfandegária, agrícola e cooperação ambiental.

Um dos pontos mais importantes da reunião deve ser o seguimento de duas iniciativas no campo financeiro: o Banco dos Brics e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR). O banco vai financiar projetos de infraestrutura nos países membros. O Brasil deverá receber US$ 300 milhões para energia eólica. O ACR serve para emprestar recursos para os sócios em caso de haver crise no balanço de pagamentos. Ele contará com US$ 100 bilhões para essa finalidade, dos quais US$ 18 bilhões serão aportados pelo Brasil.

Na agenda bilateral com a Índia, a intenção é fechar um acordo de cooperação para facilitação de investimentos, com o objetivo de atrair aportes indianos ao Brasil e vice-versa. A avaliação no governo brasileiro é de que o tamanho das duas economias indica um potencial de negócios muito mais intenso do que o que existe atualmente. Temer e Modi deverão reunir-se com empresários.

No dia 18, Temer embarca para o Japão, para a primeira visita de um chefe de Estado brasileiro àquele país em 11 anos. O presidente será recebido pelo imperador Akihito e pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe.

A ideia é retomar uma parceria estratégica entre os dois países, que têm antigos laços econômicos, humanos e de cooperação em diversas áreas. Será o seguimento de um diálogo iniciado em setembro, durante a cúpula do G-20, realizada na China.

As oportunidades de investimento em concessões em infraestrutura serão apresentadas a investidores japoneses. Além de temas econômicos, Brasil e Japão integram o G-4, que defende o aumento do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Os dois países também atuam conjuntamente em temas como desenvolvimento sustentável, mudança do clima e desarmamento e não proliferação.

As exportações brasileiras para os países dos Brics somaram R$ 43 bilhões no ano passado, dos quais US$ 35,6 bilhões foram para a China. As importações somaram US$ 37,9 bilhões no período, o que resultou num saldo de US$ 5,1 bilhões a favor do país. Com o Japão, a troca de mercadorias somou US$ 9,7 bilhões no ano passado.

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