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Manifestantes derrubam portão e invadem Assembleia Legislativa

Cerca de 800 pessoas participaram de um protesto na manhã desta quarta-feira (14) contra os diários secretos da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná.Os manifestantes percorreram a Avenida Cândido de Abreu e, por volta de 11 horas, invadiram a sede da AL, no Centro Cívico, em Curitiba.

Participaram do protesto representantes da União Paranaense dos Estudantes (UPE), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A intenção dos manifestantes era permanecer na Assembleia até a chegada do presidente da casa, o deputado Nelson Justus. O grupo pretendia conversar com o deputado sobre os escândalos envolvendo os diários secretos, além de protocolar um documento exigindo o afastamento da mesa diretora, uma auditoria independente para as investigações e exoneração dos funcionários envolvidos.

Os manifestantes também pedem, no documento, uma audiência pública onde os movimentos sociais sejam ouvidos. O documento já foi protocolado no Ministério Público (MP) e Tribunal de Contas.

De acordo com o vice-presidente da UNE no Paraná, Adriano Matos, muitos seguranças permaneciam do lado de fora da Assembléia e impediram a entrada do grupo, mantendo os portões fechados. “Essa é a terceira vez que trancam as portas. Um dos seguranças chegou, inclusive, a agredir um estudante”, afirma.

Depois de derrubarem os portões, os manifestantes percorreram os corredores, permaneceram por aproximadamente 20 minutos e saíram de forma pacífica, cantando em coro o Hino Nacional.

“Gostaria que o deputado Nelson Justus explicasse onde está o título que diz que ele comprou a Assembleia. A casa é tratada como se fosse o quintal da casa dele. Não aceitamos esse tipo de posicionamento, como se a AL tivesse dono”, diz Matos.

Segundo um dos líderes da manifestação, o presidente da UPES, Paulo Moreira Rosa Junior, o protesto vai continuar. “Se for preciso, vamos ocupar novamente o prédio para reivindicar os nossos direitos”.