O presidente em exercício da República, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), surpreendeu os espectadores do Congresso Brasil Competitivo – Rota para o Futuro: O Novo Estado, organizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), ao dizer que o Brasil vive um momento de diálogo e não um ambiente de radicalismo.

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“Converso com políticos de todos os partidos e vejo o interesse deles no diálogo”, disse o presidente em exercício. Ele citou, como exemplo, o bom relacionamento dele com o ex-ministro e advogado da Advocacia Geral da União (AGU) do governo Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo. Segundo Maia, radicais há em todos os partidos.

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Há, de acordo com ele, nos partidos de esquerda pessoas interessadas no diálogo e que compreendem a gravidade em que se encontra o País e da necessidade de algumas mudanças. “Governos do PT estão dispostos ao diálogo. O Governo do Piauí tem um bom diálogo conosco”, disse Maia.

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Maia declarou ainda que seu mandato como presidente da Câmara Federal é curto, de sete meses, mas que nesse período ocorrerão votações fundamentais naquela Casa para a economia do Brasil. “Acredito que teremos votações decisivas para os próximos anos”, disse. “Sabemos da gravidade fiscal que o presidente Michel Temer herdou do governo do PT.”

Segundo Maia, há uma estratégia que determinou uma agenda que precisa “ser focada nos temas emergenciais”. Em primeiro lugar, está a PEC 241, que propõe o limite de despesas do governo com base na inflação do ano anterior. Em seguida, estará a proposta da reforma da Previdência Social. “No ponto a que chegamos não dá mais para o Brasil esperar”, disse. “Temos um caminho de difícil solução, mas urgente. É melhor fazer passo a passo. Nossa expectativa é de entregar essa agenda de curto prazo.”

Na avaliação de Rodrigo Maia, a PEC de gastos vai viabilizar uma melhora sensível da situação fiscal do Brasil, que dará condições para que o governo possa arcar com despesas essenciais, especialmente as relacionadas às áreas de Educação e Saúde.

Maia destacou ser necessário o Estado se tornar mais eficiente e produtivo e apontou que “enquanto for presidente da Câmara Federal, aumento de impostos não será pautado.”