Com incentivo direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, torcedor do Corinthians e peladeiro de fim de semana, o chanceler Celso Amorim criou a Coordenação-geral de Intercâmbio e Cooperação Esportiva (CCE), um instrumento para o Itamaraty exercitar a ?diplomacia da bola? e explorar o esporte na política externa. Como tudo no Itamaraty, o novo setor, implantado no início do ano, ganhou imediatamente um apelido e passou a ser chamado de ?CG Bola?.

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Sob o comando da ministra Vera Cíntia Alvarez, o CG Bola costura ações de cooperação que antes não passavam de apelos sem resposta de países africanos e sul-americanos. A expectativa é de que as iniciativas brasileiras provoquem, no mínimo, simpatia e retribuição a posições e campanhas do Brasil no plano internacional. Entre as mais imediatas está a candidatura do Rio a sede da Olimpíada de 2016 – o anúncio do vencedor será em outubro de 2009. O Rio concorre com Tóquio (Japão), Doha (Catar) Madri (Espanha), Chicago (Estados Unidos) e Baku (Azerbaijão).

?Em suas viagens à África e à América Latina, o primeiro pedido que o presidente Lula recebia era de cooperação na área de esportes?, contou Vera Cíntia. ?O Brasil é um centro de referência, especialmente no futebol e em experiências de inclusão social por meio do esporte?. A diplomacia da bola já foi usada pelo governo Lula. Em agosto de 2004, o presidente escoltou a seleção brasileira em jogo no Haiti, onde o Exército Brasileiro comanda a missão de paz das Nações Unidas (ONU). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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