Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula protocolaram nesta segunda-feira, 22, requerimento ao Conselho Nacional do Ministério Público em que “reafirmam as informações da representação feita pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP) para interromper a série de irregularidades cometidas pelo promotor do Ministério Público de São Paulo Cássio Conserino em seu esforço de envolver Lula em acusações infundadas”.

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Conserino conduz investigação que aponta Lula como proprietário do apartamento tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, cidade do litoral paulista. O ex-presidente nega ser dono do imóvel.

Na semana passada, Lula deveria depor na investigação do promotor Cássio Conserino, mas uma liminar obtida no Conselho Nacional do Ministério Público o livrou da audiência, prevista para quarta-feira, dia 17. Também deveria depor a ex-primeira dama Marisa Letícia.

A liminar foi pedida pelo deputado Paulo Teixeira, que imputou ao promotor “irregularidaes” na condução do inquérito.

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Nesta segunda-feira, os advogados de Lula entregaram requerimento ao colegiado em que reafirmam o que alegou o parlamentar petista.

“Lula e sua esposa, Marisa Letícia, foram convocados por Conserino para depor no dia 17 de fevereiro em investigação sobre hipotéticas fraudes na compra de uma cota-parte da cooperativa habitacional Bancoop. A investigação não foi distribuída de maneira apropriada, ferindo a legalidade e o princípio do promotor natural”, sustenta a defesa do ex-presidente no documento ao Conselho.

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A petição é subscrita pelos escritórios Nilo Batista & Advogados Associados e Teixeira Martins Advogados.

Os defensores sustentam que Conserino “tinha ainda anunciado à revista Veja que iria denunciar o ex-presidente por crime de ocultação de patrimônio antes que Lula e seus advogados fossem notificados ou ouvidos, com as investigações ainda em andamento, mostrando clara parcialidade”.