Com a aproximação da retomada das sessões plenárias na Assembléia Legislativa, em 1.º de agosto, tanto o líder do governo, Dobrandino da Silva (PMDB), como o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), fazem cálculos positivos em relação à ampliação de seus blocos parlamentares.
O peemedebista aposta na manutenção da folgada maioria situacionista ?já que o governo está trabalhando bem, levando obras e implantando projetos em todo o Estado?. E no compromisso assumido pelos deputados com os eleitores, que não permitiria votar contra projetos de relevância para a sociedade. Os aliados contam com 35 a 45 votos, conforme cada votação realizada na Casa, num plenário de 54 parlamentares.
Rossoni trabalha para ampliar a oposição argumentando que um maior equilíbrio seria melhor até para o próprio governo, ?porque toda unanimidade faz mal à democracia?. Sua bancada, embora formalmente maior, pode contar com oito deputados alinhados nas votações.
De qualquer forma, os dois líderes garantem, sem revelar nomes, que foram procurados por deputados interessados em reforçar a base de apoio ao governo ou a oposição. Segundo Dobrandino e Rossoni, as indefinições devem prosseguir até o dia 30 de setembro, prazo para a troca de legenda partidária pelos parlamentares. ?Até lá, ainda teremos muito que conversar?, diz o líder governista, deixando em aberto a possibilidade de reforço para os quadros do PMDB, que atualmente conta com 12 deputados na Casa.
Para Rossoni, o crescimento da oposição se dará pela aliança com outros partidos que ?não concordem com a política de relacionamento forçada da atual administração ou mesmo de siglas que tenham um plano de governo parecido com o qual trabalha o grupo de oposição?.
Os primeiros esforços para atrair novos aliados devem ocorrer na votação da mensagem do Executivo que prevê a autarquização da Emater (Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural).
?Por se tratar de um projeto polêmico, essa deverá ser a primeira prova de fogo do governo na Assembléia. Vamos discuti-lo com toda a base aliada e procurar a aprovação da matéria, já que alguns parlamentares ainda não se convenceram sobre as vantagens da autarquização?, afirma Dobrandino.