A briga dentro da bancada do PMDB do Senado pelo comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) caminha para ser resolvida no voto. Na disputa estão nomes de peso da bancada ligados às principais lideranças do partido. Entre os postulantes está o senador Edison Lobão (MA), ligado ao ex-presidente José Sarney (MA) e ao líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). Além de Lobão também está na lista de candidatos o senador Raimundo Lira (PB), que conta com o apoio do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Correndo por fora está a senadora Marta Suplicy (SP), que inicialmente chegou a ser cotada para a segunda vice-presidência do Senado, cargo ocupado por João Alberto (MA), senador maranhense também ligado à Sarney e Renan. “Vou buscar uma conciliação interna até a undécima hora entre os senadores. Acho que é possível. Se não for, vamos para solução democrática do voto”, afirmou Calheiros ao Estadão neste sábado.

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O vencedor da disputa será responsável, entre outras atividades, por conduzir a sabatina e votação do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá ser escolhido pelo presidente Michel Temer para o lugar de Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no último dia 19. O novo ministro do STF será o revisor dos processos da Operação Lava Jato, no plenário da Suprema Corte. Também deverá entrar na agenda da CCJ a sabatina do próximo procurador-geral da República, uma vez que o mandado do atual PGR, Rodrigo Janot, expira no próximo mês de setembro. A instituição é responsável por conduzir parte das investigações da Lava Jato, que tem como principal alvo congressistas envolvidos em esquemas de desvios na Petrobras.

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Apesar de ser citado nas investigações, Edison Lobão considera que isso não o impede de concorrer ao comando do colegiado. “E quantos também não foram citados. Não sou denunciado de nada”, ressaltou.