Laudo do Instituto Geral de Perícias de Porto Alegre confirma que o corpo enterrado em Curitiba em setembro de 1998 é do ex-diretor da Banestado Leasing e ex-secretário de Esportes do Paraná, Oswaldo Luiz Magalhães dos Santos. A informação, divulgada sábado (dia 27) pelo jornal Zero Hora, foi confirmada ontem pela Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. O laudo será enviado ao Departamento de PF, em Brasília.
A exumação do corpo, realizada em 22 de novembro, tinha sido pedida por integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado da Assembléia Legislativa do Paraná. Os deputados suspeitavam que o ex-diretor da instituição teria forjado a morte, uma vez que era investigado, na época, pelo Ministério Público Estadual (MPE), sob acusação de autorizar operações fraudulentas que teriam dado prejuízo aproximado de R$ 400 milhões. Ele morreu em 7 de setembro de 1998, quando ocupava o cargo de secretário de Esportes, em acidente automobilístico.
O corpo ficou bastante desfigurado e foi reconhecido por amigos. Os deputados levantaram as suspeitas após observar que não foram seguidos os trâmites de praxe, como o exame de arcada dentária e coleta de digitais ou material genético. As páginas do livro onde estaria anotada a entrada do corpo no Instituto Médico-Legal (IML) também foram arrancadas. A CPI encerrou os trabalhos, com os documentos sendo entregues ao MPE.
Prazo
Mesmo com a confirmação da notícia pela Polícia Federal, as assessorias do Ministério Público e da Justiça Federal afirmaram não ter recebido nenhuma informação oficial sobre o assunto. Os deputados Neivo Beraldin (PDT) (presidente da CPI do Banestado da Assembléia Legislativa) e Mario Bradock -PMDB (relator da Comissão Parlamentar de Inquérito na Casa) não foram encontrados para comentar o fato.
No dia da exumação do cadáver, o diretor técnico-científico do Departamento da Polícia Federal, Geraldo Bertollo, havia dito que os resultados só deveriam ficar prontos dentro de três meses.
