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Kassab assinará o termo de posse e, em seguida, se licenciará do cargo

O futuro secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), assinará o termo de posse ainda nesta terça-feira, 1º, e, em seguida, se licenciará do cargo, segundo sua assessoria de imprensa, que também informou que Antônio Carlos Malufe, adjunto escolhido pelo próprio Kassab, ficará no cargo durante sua licença.

Malufe foi secretário particular de Mário Covas, quando governador, e secretário de Relações Institucionais da Prefeitura, quando Kassab era prefeito.

Na semana passada, Kassab pediu ao governador João Doria (PSDB) a concessão de uma licença, não remunerada, para entrar em vigor logo no início da gestão.

O pedido, segundo a assessoria do ministro, foi feito para que Kassab se dedique à “organização e ao encaminhamento de informações solicitadas por sua defesa”. Em nota, Doria afirmou que “compreende que o pedido de licença permitirá a Gilberto Kassab fazer sua defesa e comprovar sua inocência”.

Em 19 de dezembro, Kassab foi alvo de ação da Polícia Federal. Endereços ligados a ele foram alvo de mandados de busca e apreensões. Kassab é suspeito de receber R$ 58 milhões do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Durante a operação, policiais encontraram R$ 301 mil no apartamento do então ministro, em São Paulo. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que foi secretário de Kassab durante sua gestão como prefeito de São Paulo.

Em pedido encaminhado ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sustentou que os repasses a Kassab foram feitos entre 2010 e 2016, quando ele teria recebido R$ 350 mil mensais, alcançando, ao todo, R$ 30 milhões; e em 2014, quando foram pagos R$ 28 milhões ao PSD, segundo a PGR. “Eu me coloquei à disposição para colaborar como puder”, disse Kassab na ocasião.

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