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Julgamento de Lula e reta final da janela partidária esvaziam plenário da Câmara

Sem clima e sem quórum para votar nenhum projeto, o plenário da Câmara encerrou hoje a Ordem do Dia antes das 18h, um fato incomum para uma quarta-feira. Diante da transmissão do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF) e as últimas negociações para troca de partidos, os deputados foram para casa mais cedo.

Enquanto parlamentares deixavam o plenário anunciando que aproveitariam para voltar aos Estados, uns assistiam o julgamento pelo telão do cafezinho e outros preferiram acompanhar a sessão do STF fora do plenário. “O pessoal está nos gabinetes vendo o julgamento”, contou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP).

Ex-ministro das Cidades, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), lembrou que essa é a última semana da janela partidária e que muitos ainda estão negociando a possibilidade mudança de legenda. “Está todo mundo pensando em eleição”, resumiu.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia informado aos líderes partidários que encerraria os trabalhos por volta das 18h por causa da dificuldade em se alcançar o quórum qualificado para votações. A obstrução da oposição, em especial do PT, também ajudaram a esvaziar o plenário.

Na sessão desta tarde, os parlamentares apenas tomaram conhecimento do texto final do projeto que regulamenta o lobby no País, da proposta que muda as regras de inclusão de dados no cadastro positivo para ampliar o acesso ao crédito para consumidores e do projeto que cria o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). O mérito das matérias não foi votado porque não havia acordo entre as bancadas e a tendência é que as propostas permaneçam na pauta da semana que vem.

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