Corrupção

Beto Richa e esposa ficam calados e se escondem da imprensa ao deixarem o Gaeco

Beto e Fernanda deixam sede do Gaeco após depoimento tentando esconder o rosto. Foto: Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo

O ex-governador Beto Richa (PSDB) e a sua mulher, Fernanda Richa (PSDB), se apresentaram para prestar depoimento na manhã desta sexta-feira (14) na sede do Gaeco, no bairro Ahú, em Curitiba. O casal teve a chance de falar aos promotores sobre as acusações que os levaram para a prisão, mas preferiram manter o silêncio.

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Beto Richa saiu da sala de depoimentos acompanhado de quatro advogados e sem falar nada. Foram menos de 20 minutos de depoimento em que o ex-governador permaneceu em silêncio. Preso temporariamente, Richa foi chamado para falar aos promotores sobre o programa Patrulha do Campo, do qual é acusado de fraudar licitação e lavar dinheiro.

Sua esposa, a ex-secretária de estado Fernanda Richa, depôs na sequência. Acompanhada de dois advogados, ela ficou das 12h40 às 13h30 na sala de depoimento. Os advogados da Fernanda saíram do Gaeco sem dar detalhes sobre o depoimento. Eles alegaram pressa em tomar algumas providências e que responderiam aos questionamentos posteriormente, por e-mail.”

Nesta sexta-feira (14), o empresário Joel Malucelli se apresentou no Gaeco. Ele estava em viagem na Itália, chegou a ser considerado foragido e agora passa a cumprir sua pena de prisão.

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Joel Malucelli (de azul) estava viajando quando prisão foi decretada. Foto: Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo
Joel Malucelli (de azul) estava viajando quando prisão foi decretada. Foto: Alexandre Mazzo / Gazeta do Povo

Eles foram presos no âmbito da operação deflagrada para apurar desvios no programa de recuperação de estradas rurais. Os promotores apontam um esquema de fraude à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. A investigação do Ministério Público foi reforçada pela delação premida do ex-deputado estadual Tony Garcia, homologadas no dia 15 de agosto.

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Na quinta-feira (13) prestaram depoimento o empresário Celso Frare (da Ouro Verde), Ezequias Moreira (ex-secretário de Cerimonial), Dirceu Pupo (contador da família Richa), Aldair Petry (ex-funcionário do DER), Pepe Richa (irmão do ex-governador), André Richa (filho do casal) e Bruno Sarmento Cubas (empresário ligado a Cotrans). Os dois últimos estão em liberdade.

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As prisões decretadas pelo juiz Fernando Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, são temporárias (prazo de cinco dias) e vencem neste sábado (15). Já o prazo de Casagrande e Malucelli começaram a contar a partir do momento em que eles foram presos, ou seja, na quinta-feira (13) e sexta-feira (14), respectivamente.

Luiz Abi Antoun, primo do ex-governador, preso em Londrina, também prestou depoimento na quinta (13).

Habeas corpus foram negados

O casal Richa já enfrentou duas derrotas na Justiça nos últimos dias. O desembargador Laertes Ferreira Gomes, do Tribunal de Justiça do Paraná, negou pedido de liberdade na quarta (12). Já a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou novo pedido nesta quinta (13).

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