O mandado de segurança ingressado ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a tramitação do recurso contra o arquivamento das representações envolvendo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética, será relatado pelo ministro Joaquim Barbosa. Barbosa, porém, está de licença do tribunal até o dia 31 deste mês, e, até lá, o processo ficará com o ministro Eros Grau, que poderá proferir decisão em caráter liminar, se quiser. O relator escolhido inicialmente foi o ministro Celso de Mello, que se declarou impedido, porque foi indicado para o STF por José Sarney, quando foi presidente da República.

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Na ação, os advogados avaliam que “a competência do plenário não poderia ter sido usurpada pela Mesa, quanto mais por um ato unilateral e monocrático”. Isso porque o recurso foi apresentado ao plenário por um grupo de onze senadores. Mas a segunda vice-presidente, Serys Slhessarenko (PT-MT), negou a tramitação, alegando que o regimento interno não prevê recurso de decisão do Conselho de Ética a não ser ao próprio conselho. “É forte o dano e irreparável o prejuízo à imagem e prerrogativa dos parlamentares impetrante, com o perigo do descredenciamento e retirada de legitimidade dos parlamentares frente aos seus eleitores”, afirma outro trecho do documento.

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