O agente da Polícia Federal (PF) Newton Ishii, conhecido como “Japonês da Federal”, foi preso na terça-feira (7) e está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, a detenção atende a uma determinação da 4ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu.

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Ishii foi condenado pela Justiça Federal por corrupção e descaminho. Ele e mais 19 policiais federais foram alvo da Operação Sucuri, deflagrada em 2003 para apurar um esquema formado por agentes da PF e da Receita Federal que facilitava o contrabando de produtos ilegais na fronteira com o Paraguai em Foz do Iguaçu (PR). Em março deste ano, ele teve um recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a sentença.

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Defesa

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De acordo com o advogado Osvaldo Loureito de Mello, que defende Ishii, o agente se apresentou nesta terça-feira (7) espontaneamente à Polícia Federal e deve ficar preso apenas alguns dias. Segundo Mello, Ishii foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão em regime semiaberto, sentença que foi confirmada pelo STJ. Nos próximos dias o agente deve deixar a carceragem e passar a cumprir prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.

Fama e polêmicas

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O “japonês da Federal” ganhou notoriedade por aparecer nas fotos ao lado dos principais presos pela Lava Jato. Na esteira do sucesso, virou marchinha de sucesso no carnaval, máscara para a folia e até boneco de Olinda. Ishii também foi sondado por partidos políticos para eventual candidatura nas eleições de 2016, mas disse à Gazeta do Povo não ter interesse, por enquanto.

Em janeiro deste ano, a Polícia Federal passou a utilizá-lo em mais operações. Segundo fontes na instituição, a intenção seria de que sua imagem fosse associada a um chamariz contra a corrupção. Em fevereiro, ele visitou a Câmara dos Deputados, sendo tietado por parlamentares para fotos.

Ishii era investigado por suspeita de vazar informações sobre operações da PF. Em novembro, o policial foi apontado como responsável por vender informações sigilosas à imprensa pelo advogado do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, em gravação divulgada pelo filho de Cerveró, Bernardo.