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Jair Bolsonaro (PSL) é o novo presidente do Brasil

Tânia Rêgo / Agência Brasil

Jair Bolsonaro (PSL) é o novo presidente do Brasil. Com 97,38% das urnas apuradas, Bolsonaro tem 55,42% dos votos válidos (56,7 milhões de votos absolutos) e não pode mais ser alcançado por Fernando Haddad (PT), que tem 44,58% (um total de 45,6 milhões de eleitores). Até o momento, há 10,8 milhões de votos nulos ou brancos (9,6% do eleitorado). Não compareceram à votação deste segundo turno 30,4 milhões de brasileiros (21,22% do eleitorado.)

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A vitória de Bolsonaro representa o fim da “era PT” no comando da nação brasileira. O Partido dos Trabalhadores venceu as últimas quatro eleições, desde que Lula venceu em 2002. Bolsonaro representa a chegada ao poder da “nova direita” brasileira (também chamada por muitos de extrema-direita): liberal na economia e conservadora nos costumes.

Apoiadores do candidato estão se reunindo nas proximidades da Justiça Federal, no bairro Ahú, e também na Rua XV, no Centro de Curitiba. A posse do novo presidente vai acontecer no dia 1º de janeiro de 2019 em Brasília.

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Polêmico, Bolsonaro cresceu na medida em que a insatisfação do povo com os casos de corrupção envolvendo o PT aumentaram. De maneira inteligente, ele conseguiu arrebanhar todos que se tornaram anti-PT e era muito comum seus eleitores se anunciarem desta forma. A força de Bolsonaro ficou clara com a quantidade de candidatos do seu partido que foram eleitos para a Câmara Federal e o Senado Federal.

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Quem é Bolsonaro?

Jair Bolsonaro estava em seu sétimo mandato como deputado federal. Militar da reserva, ganhou espaço no cenário nacional ao manifestar posições conservadoras e críticas ao comunismo, à esquerda e ao politicamente correto. O parlamentar defende o período da ditadura militar brasileira e é contra a divulgação de documentos da época.

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Bolsonaro adotou recentemente um discurso liberal na economia, com a defesa das privatizações e adoção de políticas ortodoxas. Com pouco conhecimento na área, tem reafirmado que entregará os rumos econômicos para o economista Paulo Guedes, que possui Ph. D pela Universidade de Chicago e foi um dos fundadores do Instituto Millenium. Guedes, aliás, teve seu nome envolvido em polêmicas durante essa semana.

O candidato à presidência é uma das vozes que denuncia a ideologia de gênero e a doutrinação nas escolas e é contra cotas raciais nas universidades. Defende o homeschooling e o porte de arma para toda a população. Caso eleito, o candidato do PSL afirma que dará espaço para nomes técnicos e para as Forças Armadas nos ministérios.

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Sua campanha de rua praticamente não existiu. No dia 6 de setembro, logo no início do período, ele foi esfaqueado por um opositor em uma passeata na cidade de Juiz de Fora (MG). Desde então, ele seguiu se recuperando por semanas até receber alta, pouco antes da votação em primeiro turno. Bolsonaro foi “proibido pelos médicos” de participar de eventos e debates, regra que ele manteve até o final (não participou de nenhum debate).

Com isso, habilmente, não foi questionado por nenhum de seus opositores durante a campanha e mesmo sem fundo partidário, sem tempo de TV e sem costurar grandes alianças, conseguiu um resultado bastante expressivo. Resultado, aliás, construído em cima do “anti-petismo” que se criou em grande parte dos brasileiros pelos constantes casos de corrupção.