Investigação sobre caixa 2 em Londrina está paralisada

Por causa de quatro recursos apresentados pelo PT, o Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná mantém bloqueadas, desde setembro, as investigações da Justiça Eleitoral e da Polícia Federal (PF) sobre a denúncia de uso de caixa dois na campanha que reelegeu o prefeito de Londrina (PR), Nedson Micheleti (PT).

Foram negados pelos desembargadores duas ações; as outras ainda estão em julgamento. Um dos processos negados pelo TJ questionava a competência de Micheleti em ser investigado pela Justiça Eleitoral local.

A acusação sobre o uso de dinheiro não-contabilizado foi feita em julho pela ex-assessora financeira da campanha eleitoral, Soraya Garcia, segundo quem o partido registrou despesas de R$ 1,3 milhão, mas gastou, na realidade, R$ 6,5 milhões. Os maiores fornecedores do caixa dois, segundo Soraya, foram o ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, que, na ocasião, cumpria o mandato de deputado, e o presidente da legenda no Estado e deputado estadual André Vargas

Soraya também incluiu o ex-deputado José Dirceu e o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, que é londrinense. Bernardo e Carvalho a processam por calúnia e difamação. Nos primeiros dias após a denúncia de Soraya, a PF descobriu mais de R$ 150 mil em despesas não-contabilizadas pelo partido. A polícia investigava também irregularidades na prestação oficial de contas da legenda. A agremiação prometeu, em agosto, uma auditoria das contas da campanha, trabalho que, segundo informou hoje, o presidente municipal do PT, Antônio Kasprovicz, não tem data para ser concluído.

Tesoureiro convocado

A CPI dos Bingos aprovou, ontem, a convocação da ex-tesoureira do PT, em Londrina Soraia Garcia para depor. O autor do requerimento, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), alegou que Soraya já fez denúncias à imprensa sobre uso de caixa 2 pelo PT na campanha de 2002. 

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