Investigação na Câmara de Londrina está centrada em 4 acusados

Com a oficialização da renúncia do vereador Henrique Barros, acusado de concussão e formação de quadrilha, a Câmara Municipal de Londrina cancelou a sessão extraordinária que analisaria a proposta de abertura de processo de cassação de seu mandato e agora prepara investigação contra os outros quatro vereadores envolvidos no escândalo – Orlando Bonilha (PR), Osvaldo Bergamin (PMDB), Flávio Vedoato (PSC) e Renato Araújo (PP) – que já foram notificados e têm 10 dias para apresentar defesa junto à Comissão de Ética da Casa.

Também ontem, outro vereador acusado de envolvimento no escândalo, Bonilha, que é primeiro-secretário da Casa, pediu afastamento da Mesa Executiva por 60 dias, para dedicar-se à sua defesa e facilitar os trabalhos da Câmara nas investigações. Segundo o presidente da Comissão de Ética da Casa, Roberto Kanashiro (PSDB), a Câmara volta a se reunir na próxima segunda-feira para discutir a representação contra os demais vereadores acusados.

Renunciando antes da abertura de processo, Barros livrou-se da perda de seus direitos políticos e poderia, até, ser candidato nas eleições municipais de outubro. No entanto, ameaçado de expulsão de seu partido, PMDB, o ex-vereador apresentou ontem pedido de desfiliação da legenda e, como para participar das eleições o político tem de estar filiado à legenda pela qual irá concorrer num prazo de um ano antes do pleito, Barros está fora da disputa.

A cadeira de Barros na Câmara deverá ser ocupada pelo primeiro suplente, conforme resultado das eleições de 2004, o radialista Antenor Ribeiro (PP). No entanto, como Ribeiro deixou o PMDB, o partido, defendendo a fidelidade partidária, já encaminhou ofício à Câmara e ao Tribunal Regional Eleitoral reivindicando a vaga para Miguel Alves Pereira. A vaga deverá ser disputada até o dia da nomeação, marcado para a primeira sessão deste ano, dia 7 de fevereiro. 

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