A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), assinaram, ontem, durante a Escola de Governo, convênio para remover as 400 famílias da ocupação Vila Becker, de Paranaguá, que habitam uma região perto aos terminais de combustíveis do Porto de Paranaguá.

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A presença das famílias na área é um dos principais motivos que levaram o Ibama a negar o licenciamento ambiental e a Justiça a proibir o funcionamento do Terminal Público de Álcool do porto. A Vila Becker, em julho deste ano, foi atingida por um vazamento de álcool.

O acordo foi assinado ontem pelo presidente da Cohapar, Rafael Greca, e pelo superintendente da Appa, Daniel de Souza, e prevê a construção de 400 residências no novo bairro das Escolas, em Paranaguá, para as famílias a serem retiradas das proximidades dos terminais.

De acordo com o convênio, a Cohapar entra com os terrenos, o projeto e a construção, e a Appa com os recursos. “A melhor coisa que vai acontecer é que as famílias vão deixar de viver num lugar de risco, onde pode haver explosões e falta saneamento. Por ali entrou o cólera no final da década de 90. É uma situação que já dura muito tempo e agora vamos dar uma solução. As famílias daquelas localidades irão para um bairro novo, num lugar chamado Porto Seguro”, disse Rafael Greca.

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“O problema social daquela área já dura 40 anos. Por omissões do passado, chegamos a uma situação conflitante entre os interesses da expansão das instalações portuárias da área pública, e a questão social, que ali já existia. O governador Requião orientou para que fosse dada uma solução pacífica e respeitosa”, explicou. “Queremos dar o direito de uma moradia com qualidade para que esse pessoal more extraordinariamente melhor do que agora e que permita o funcionamento tranquilo do porto”, acrescentou Requião, que determinou, ao vivo, durante a “escolinha”, que o projeto que previa casas de 40 metros quadrados fosse ampliado para moradias de 52 metros quadrados. A previsão é que as famílias comecem a ser removidas em seis meses.