Humberto Costa rebate crítica de Aécio ao PT

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu a presidente Dilma Rousseff da acusação feita pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que a petista teria sido reeleita graças à ação de uma “organização criminosa” que atua dentro das empresas ligadas ao governo.

“O quixotesco perdedor das eleições de outubro continua lutando contra imaginários moinhos de vento. Já estamos em dezembro. Não é possível que, mais de um mês depois do pleito, Vossa Excelência ainda esteja em um mundo à parte, ora agindo como se recontasse votos, ora criando novas teorias contra a legitimidade da presidenta reeleita, ora acenando até para setores golpistas da sociedade”, afirmou Costa em discurso na tribuna do Senado nesta segunda-feira.

Em entrevista à Globo News no último sábado, Aécio, que foi derrotado nas eleições de outubro, fez diversas críticas à presidente e afirmou que havia perdido a eleição não para o PT, mas para “uma organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está”.

A acusação foi tratada como “infâmia” pelo líder do PT, que acusou Aécio de criar o seu próprio “enredo” para explicar a derrota nas urnas. “É uma infame ópera-bufa, essa que está sendo protagonizada pelo que chamo de ‘candidato derrotado em exercício’, onde sobejam atuações de péssimo gosto e para as quais há cada vez menos holofotes”, disse.

O petista aconselhou Aécio a “virar a página” e “abrir um novo livro” para atuar como oposição de maneira legítima e ajudar o País a avançar.

Justiça

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também rebateu as críticas de Aécio e afirmou que o PT vai entrar na Justiça contra as declarações do tucano. “Ele (Aécio) passou de todos os limites.” No Twitter, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que irá interpelar o senador no Supremo Tribunal Federal.

Para Lindbergh, o tucano agiu dessa maneira porque está com medo de perder espaço no PSDB e, consequentemente, não ser o nome da sigla para disputar a Presidência em 2018. “Ele tenta radicalizar o seu discurso porque está perdendo espaço dentro do seu próprio partido. Por isso, tenta gritar mais alto”, disse.