O conselheiro Hermas Brandão foi eleito ontem para a presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Depois de semanas de dúvidas em torno de, ao menos, três pré-candidatos, Hermas apresentou-se na sessão de ontem como candidato único, sendo escolhido por unanimidade pelos sete conselheiros.

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Junto com Hermas tomarão posse na primeira sessão do ano que vem os conselheiros Fernando Guimarães, como vice-presidente, e Caio Soares, como corregedor-geral. O mandato é de dois anos, encerrando em dezembro de 2010.

Ex-deputado estadual, Hermas Brandão foi indicado ao TCE em dezembro de 2006. Não era o nome mais cotado para assumir a presidência da casa, uma vez que, pelo rodízio natural que os conselheiros respeitam, Artagão de Mattos Leão deveria ser o escolhido.

Mas o fato de ter 65 anos, sendo o conselheiro mais velho entre os aptos a assumir a presidência (o atual presidente Nestor Baptista não poderia se reeleger) estando mais próximo da aposentadoria compulsória ao completar 70 anos, levou Hermas à presidência da Corte.

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Também é regra histórica da Casa permitir que todos os conselheiros exerçam a presidência antes da aposentadoria, o que lhes garante uma gratificação de cerca de R$ 5 mil mensais após aposentado.

Ex-presidente da Assembléia Legislativa, tendo governado interinamente o Estado no final de 2006, Hermas também foi prefeito de Andirá e secretário estadual de Agricultura. Após eleito, prometeu dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo atual presidente.

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“O Tribunal de Contas do Paraná é um exemplo para o Brasil. O presidente Nestor implementou uma série de medidas para tornar o tribunal mais transparente, além da Escola de Gestão e diversos treinamentos aos gestores de recurso público de todo o Estado. Vamos seguir o trabalho que vem sendo feito”, declarou. Para depois informar qual é seu princípio à frente da corte. “Quando tomei posse como conselheiro apresentei minha mensagem de orientação e não de punição”, afirmou.

Hermas disse ainda não ter um plano de ação. “Tomei a decisão de ser candidato ontem (quarta-feira). Os candidatos eram Artagão e Fernando, mas houve um consenso eu fui conduzido para essa função. Não tive tempo de estudar as medidas que posso vir a tomar, mas não há muita coisa a mudar não. O trabalho será o de dar seguimento”, comentou, dizendo não esperar muitas dificuldades em presidir o TCE.

“Já passei por tantos desafios, que esse é continuação. Não estava dentro das minhas prioridades ser presidente no momento, mas felizmente os pares conduziram para que isso acontecesse. Não fujo a desafios “, concluiu.