Hartung nega ser candidato a vice-presidente em 2010

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), disse nesta quinta-feira (25) que cogita voltar ao cenário da política nacional em 2010, mas não como candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo PT para a Presidência da República. No PMDB, há quem defenda o nome de Hartung como o mais forte para o cargo. Pesquisas apontam que ele é um dos mais bem avaliados governadores do País. “Não existe candidato a vice. O que existe é candidato a titular. Eu estou muito satisfeito com minha missão no Espírito Santo. Recebi o Estado numa situação muito difícil, conseguimos reorganizar e dar a volta por cima. Estamos colhendo indicadores econômicos e, agora, sociais extraordinários”, disse ele.

Hartung, que já foi deputado federal e senador pelo Espírito Santo, explicou que ainda não definiu seu rumo político para 2010, mas admitiu que provavelmente deve optar por concorrer a uma vaga na Câmara ou no Senado. “Tenho alguma vontade de voltar para a política nacional? Tenho, tive uma passagem, um espaço na política nacional, mas acho que o que é compatível para um Estado como o nosso, com a população pequena, é justamente ocupar espaço dentro do Parlamento”, observou. “Se eu voltar para a política nacional, seguramente é um desses caminhos – Câmara ou Senado – que eu vou trilhar”, acrescentou.

Além disso, o governador lembrou que ainda é muito cedo para falar sobre as eleições de 2010. “Nós estamos vivendo intenso processo de eleições municipais, extremamente rico, com surpresas e novidades pelo Brasil afora. Depois desse processo, de certa forma, vamos ter meses de debate decantando esse processo, reavaliando a correlação de forças no País”, declarou.

Crise nos EUA

Hartung citou ainda que é preciso avaliar os efeitos da crise norte-americana no Brasil antes de se falar na disputa de 2010. “Temos que tomar providências para que essa crise tão grave que estamos vivendo no cenário internacional não desmonte as conquistas que o País adquiriu do ponto de vista fiscal, do desenvolvimento econômico e da própria distribuição de renda”, explicou. “Eu acho que é aquele ditado da roça: não vamos colocar o carro na frente dos bois, cada coisa ao seu tempo. A tarefa maior agora é governar o Brasil, os Estados e os municípios, com os novos prefeitos”, finalizou.