Com sua saída do cargo anunciada pela presidente Dilma Rousseff no início de setembro, durante a campanha eleitoral, o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem estava em Brasília quando Joaquim Levy foi oficialmente confirmado como seu futuro sucessor, durante uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

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Na manhã de ontem, pouco depois de a Presidência convocar a imprensa para “breves declarações” de Levy, a assessoria de Mantega divulgou uma alteração na agenda do ministro. Antes, ele passaria o dia capital federal.

Depois, sua agenda previa que no período da tarde ele despacharia em seu gabinete na cidade de São Paulo, bem longe de onde Levy e Nelson Barbosa, próximo titular do Planejamento, indicavam as guinadas que pretendem dar na política econômica.

A atual ministra do Planejamento Miriam Belchior também não participou do evento. De acordo com sua agenda pública, ela passou o dia trabalhando em seu gabinete a alguns metros do Planalto.

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Dilma também não apareceu. Enquanto a próxima equipe econômica dava seus recados ao mercado via imprensa, Dilma fazia o mesmo, mas pessoalmente, ao receber no mesmo horário Ana Patricia Botín, presidente do Grupo Santander.

O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann, leu uma nota curta para anunciar a nova equipe econômica e na qual a presidente agradeceu “a dedicação” de Mantega, “o mais longevo ministro da Fazenda do período democrático”.

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“Em seus 12 anos de governo, Mantega teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica internacional, priorizando a geração de empregos e a melhoria da renda da população”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.