Grupos pró e contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT fizeram neste domingo, 6, pontuais manifestações em diversas cidades brasileiras, numa prévia dos atos marcados para os próximos dias. As manifestações de ambos os lados ganharam força após a deflagração da 24.ª fase da Operação Lava Jato, que tiveram como alvo central o principal líder petista.

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Em Porto Alegre, um grupo de apoiadores se reuniu em frente ao endereço de Dilma na Avenida Copacabana, no bairro Tristeza, zona sul da cidade. Empunhando bandeiras do PT e faixas pró-Dilma e pró-Lula, os manifestantes permaneceram no local por cerca de 30 minutos, gritando palavras de ordem a favor da presidente e contra o que chamam de “golpe”.

No sábado, uma ação liderada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) levou para a frente do edifício da presidente um carro de som, faixas e um “Pixuleco” – boneco inflável retratando Lula como presidiário. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o PT, o governo e pedindo o impeachment da presidente. Eles também chamaram a atenção para o ato marcado para o próximo dia 13 em centenas de cidades brasileiras.

No Rio de Janeiro, um ato de apoio a Lula e em repúdio à Rede Globo reuniu mais de cem manifestantes em frente à sede da emissora no Jardim Botânico. Entre os presentes estava Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do petista, e o presidente do partido no Rio, Wahsington Quaquá. Abordada pelo Estado, Lurian se recusou a falar e acenou com o dedo do meio. “Aqui para vocês, eu não falo com mídia golpista”, disse.

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O presidente do PT no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, afirmou que Lula foi “sequestrado” pelo juiz Sérgio Moro, que autorizou a ação da PF, o que, segundo ele, resultou também no “sequestro da democracia”. Para Quaquá, o PT está mais unido do que nunca após o ocorrido disse que haverá mais atos. “O ataque ao Lula mexeu com os brios do PT e da esquerda.”

De carro

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Em São Paulo, manifestantes pró-impeachment de Dilma realizaram uma carreata pelas ruas da capital. O objetivo, segundo os organizadores, foi chamar atenção para o ato marcado para Domingo.

A carreata teve início por volta das 15h40 e percorreu um trajeto de cerca de sete quilômetros. Saiu da Praça Charles Muller, zona oeste, passou pelo parque do Ibirapuera e dispersou cerca de três horas depois na Avenida Paulista, em frente ao Masp.

Participaram do ato cerca de 60 carros decorados com bandeiras de Brasil e bonecos infláveis representando Lula como presidiário, Dilma com nariz de Pinóquio e o juiz Sérgio Moro, responsável pela investigação em primeira instância da Lava Jato, com roupa de Super-Homem. A carreata foi organizada pelos grupos Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua e contou com integrantes de grupos que pediam intervenção militar. Colaborou Antonio Pita. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.