Grupo do PMDB na Câmara dos Deputados se autointitula ‘G-8’

Inspirado pela sigla que identifica os países mais ricos e poderosos do mundo, um grupo de peemedebistas influentes com cargos no governo e poder de pressão se autointitulou de “G-8”. O grupo é formado pelo líder da legenda na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), Eduardo Cunha (RJ), Fernando Diniz (MG), Eunício Oliveira (CE), Eliseu Padilha (RS), Jader Barbalho (PA), pelo presidente da Câmara, Michel Temer (SP), e pelo deputado licenciado Geddel Vieira Lima (BA), que, paralelamente à função de ministro da Integração Nacional, tem atuação política dentro do PMDB.

Se não bastasse o chamado G-8, surgem os “emergentes”, parlamentares que começam a ostentar poder com a bênção do G-8. O líder do partido está em apuros. Acusado de ser complacente com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na distribuição dos cargos fora e dentro da Câmara, Alves explica: “Mas ele tem uma bancada de 18 deputados, o que posso fazer?”

Alves se referia à influência de Cunha além do seu reduto. Pelo menos quatro deputados do PMDB de Minas, três peemedebistas de Goiás e até o pastor cearense Pedro Ribeiro fecham com ele. Depois de comandar direta e indiretamente a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nos últimos quatro anos, Cunha recebeu a incumbência de indicar o presidente da estratégica Comissão de Minas e Energia. O escolhido foi o peemedebista carioca Bernardo Ariston. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.