O deputado federal Rafael Greca (PFL) afirmou ontem que sua pré-candidatura ao governo do Estado tem o apoio de 70% dos cerca de 400 convencionais que vão definir a posição do partido nas eleições deste ano, em convenção marcada para 15 de junho.
Greca disse que a queda do candidato tucano a presidente da República, o senador José Serra, nas pesquisas de intenções de voto, fortalece o projeto da candidatura própria do PFL ao governo. O deputado se refere à pesquisa divulgada ontem pela CNT-Sensus segundo a qual Serra caiu para a terceira colocação na preferência do eleitorado, atrás do ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (do PSB, com 16,5%), e do petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 40,1%.
Greca acha que o desempenho de Serra influencia na sucessão estadual. “Isso mostra que os convencionais do PFL que defendem a candidatura própria estão cobertos de razão. O povo tem a sabedoria que não encontramos nos soberbos do Palácio”, comentou. O deputado avaliou que não é um bom negócio para o PFL atrelar-se a uma candidatura tucana no Estado – a do vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa – quando o PSDB vem perdendo espaço na sucessão nacional.
“Ainda bem que tem o Enéas para segurar a lanterna para o Serra. Essa pesquisa mostra o histórico pé-frio de um dos coordenadores da campanha do Serra, o ex-governador José Richa”, ironizou.
O deputado pefelista atribui o cancelamento da reunião de ontem da executiva estadual do PFL a uma tentativa de esvaziar a sua campanha dentro do partido pela candidatura própria. “Os sem-voto estão com `?medrite?’- medo de me ver”, provocou. Greca tem percorrido vários municípios do Estado fazendo contatos com os convencionais do partido pedindo apoio para a convenção do dia 15. Como suporte para a sua pré-candidatura, Greca disse que foi presenteado pelos amigos com uma centena de outdoors espalhados por Curitiba e várias cidades do interior com o seu lema: “Greca, tudo limpo”.