Governo se mostra agradecido a Osmar Dias

O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) telefonou ontem ao senador Osmar Dias (PDT) para agradecer pela atuação do pedetista na votação e aprovação da resolução que suspende a multa de R$ 5 milhões que a Secretaria do Tesouro Nacional aplica mensalmente ao Paraná por causa do não-pagamento dos títulos podres assumidos pelo Estado durante o processo de privatização do Banestado.

O chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, e o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), também fizeram declarações elogiosas ao senador pedetista. Já o governador Roberto Requião preferiu destacar o que chamou de coesão das forças políticas do Estado. ?Dessa vez, independente de partidos políticos, estamos todos juntos?, afirmou Requião, sem fazer referência direta a Osmar, autor do requerimento que possibilitou a votação da resolução no plenário do Senado, anteontem.

Pessuti telefonou a Osmar, que considerou a posição do vice-governador uma prova de que se ?pode fazer política de forma civilizada?. O senador pedetista já achava que ainda não seria desta vez que conversaria com o governador, com quem disputou o segundo turno da campanha eleitoral do ano passado. ?O mais importante disso tudo é reconhecer que quando a gente quer é possível fazer política civilizada, acima de picuinhas?, afirmou.

Iatauro declarou que o senador pedetista demonstrou espírito público. ?Ele demonstrou que as diferenças políticas devem ser colocadas de lado quando é o futuro do Estado que está em jogo?, disse o chefe da Casa Civil.

Execução

Na próxima semana, a procuradora-geral do Estado, Jozélia Nogueira, irá a Brasília, para conversar com a Secretaria do Tesouro Nacional sobre a aplicação da resolução. Ontem, Requião disse esperar que o governo federal cumpra a decisão do Senado, que ainda não tem validade. A Resolução 36/2007 entra em vigor somente após a publicação no Diário do Senado, o que deve demorar alguns dias.

O senador Osmar Dias afirmou que a resolução não terá validade somente se houver uma contestação judicial da decisão do Senado. Mas, ao contrário do que o governador espera, Osmar explicou que não haverá a devolução dos R$ 200 milhões já cobrados do Paraná. É que o Estado ainda permanece com uma dívida de cerca de R$ 400 milhões com o Banco Itaú e que os créditos devem ser abatidos deste valor. O senador informou que o texto da resolução sugere que os descontos sejam feitos no repasse do Fundo de Participação dos Estados.

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