Após a confusão gerada pela exoneração temporária do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na manhã desta quarta-feira, 6, o governo teve que retificar o documento para tirar a assinatura do ministro da Justiça, Sergio Moro. Segundo fontes da Casa Civil, o ministro da Justiça assina atos de nomeação de funcionários do primeiro escalão, e não de exoneração, como ocorreu. A falha teria sido cometida por um servidor.

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“No Decreto de exoneração do Ministro de Estado do Turismo, MARCELO HENRIQUE TEIXEIRA DIAS, publicado no Diário Oficial da União do dia 6 de fevereiro de 2019, Seção 2, página 1, nas assinaturas, onde se lê: JAIR MESSIAS BOLSONARO e Sérgio Moro, leia-se: JAIR MESSIAS BOLSONARO, excluindo-se portanto, a assinatura de Sérgio Moro”, diz trecho da edição extra do Diário Oficial da União, que circula nesta tarde.

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Marcelo Álvaro foi exonerado para tomar posse como deputado federal na Câmara, mas a publicação do ato foi interpretada inicialmente por alguns como uma resposta do governo à denúncia de que ele teria patrocinado um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais, revelado na última segunda-feira, 4, pela Folha de S.Paulo.

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A assinatura de Moro no documento também causou estranheza, já que não havia ocorrido nos atos de exoneração de outros ministros que precisaram tomar posse na semana passada, entre eles o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O ministro do Turismo não pode tomar posse na mesma ocasião porque passou por um cirurgia e estava com atestado médico. A posse foi realizada hoje e ele retomará as atividades como ministro amanhã.

Diante da notícia da exoneração, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) chegou a parabenizar Bolsonaro pela exoneração, sem saber que o ministro retomaria o cargo amanhã. O ex-candidato do PSOL à presidência, Guilherme Boulos, escreveu que o ministro do Turismo foi “o primeiro a cair no laranjal”. “Enquanto isso, Flávio Bolsonaro é indicado pelo PSL para a Mesa do Senado”, criticou.