O governo espera resolver até setembro o “furo” de R$ 7,3 bilhões no ParanaPrevidência, o fundo previdenciário dos servidores. Relatório do Tribunal de Contas (TCE-PR) aprovado anteontem revelou que, em quatro anos, a defasagem entre o dinheiro em caixa e o valor necessário para honrar os futuros compromissos aumentou 5.472,12%, “colocando em risco o sistema previdenciário dos servidores estaduais”.
Segundo o TCE-PR, o fundo precisa de urgente capitalização para corrigir a distorção. Em maio deste ano, o Fórum Estadual dos Servidores Públicos Estadual alertou sobre o tamanho do “rombo” e temia que em oito anos faltasse dinheiro para pagar os benefícios do funcionalismo. “O governo reconhece o problema e estamos dispostos a conversar e negociar. Temos que resolver isso para os servidores já aposentados e para os que ainda vão se aposentar”, diz Marlei Fernandes, coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais e presidente da APP-Sindicato.
Para o diretor-presidente do ParanaPrevidência, Jayme de Azevedo Lima, a situação está “extremamente sob controle”. “Estamos trabalhando para elaborar novo plano de custeio que será apresentado em agosto ao governo e em setembro deve chegar à Assembleia para votação”, cita. Lima afasta o risco de a instituição não ter mais dinheiro para pagar aposentadorias e pensões. “Temos passivo avaliado em mais de R$ 8 bilhões.”.