Governo não tem prazo para reduzir o pedágio

O governador Roberto Requião (PMDB) disse ontem que não estabeleceu prazos para reduzir as tarifas de pedágio e que além dos meios legais, a pressão popular pode ajudar a resolver o problema.

A data de 13 de maio apontada como o limite do governo para adotar a sua primeira medida para conter as tarifas foi estabelecida pelo chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, há cerca de dois meses. Foi quando a Casa Civil, a secretaria de Transportes e a Procuradoria Geral do Estado fizeram os primeiros contatos com as empresas na tentativa de convencê-las a tomar a iniciativa de baixar o preço do pedágio. “Nunca dei data para o fim do pedágio, nem para o bingo, nem para os problemas encontrados na Sanepar”, declarou o governador, que desde a campanha eleitoral do ano passado vem prometendo diminuir o valor do pedágio ou acabar com a sua cobrança.

Requião vem endurecendo cada vez mais o discurso contra as concessionárias, que em nota publicada nos jornais há quinze dias, deixaram claro que não vão ceder às pressões do governo para alterar suas tarifas. Ontem, o governador afirmou que as empresas estão usando dinheiro público para a realização de obras nas estradas do Paraná. “Não há um tostão de empresa privada”, afirmou o governador, citando que o balanço das empresas aponta que a remuneração do dinheiro que emprestam é maior que o valor das despesas. “Conclusão: elas não tinham dinheiro nenhum para investir”, destacou.

O governador afirmou que “se o Estado tinha alguma dificuldade para manter as estradas, as empresas tinham toda a dificuldade porque emprestaram o último tostão e estão pagando uma remuneração maior que o custo da operação”.

Para o governador, o pedágio não é um problema só do governo. “É um problema do Paraná.” O pedágio cobrado no Paraná é cinco vezes mais caro que o cobrado na Argentina, Requião apontou que a solução deve vir das empresas. “A redução tem que ser das concessionárias, ou nós vamos ter que por um fim nisso.”

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