Para os secretários de Estado reunidos em Paranaguá durante a primeira interiorização desta gestão, que ocorreu na última quarta-feira , o deslocamento do governo melhora e acelera a resposta da administração para as demandas de cada região. “A interiorização é importante para conhecer as demandas de cada município a partir do contato direto com a comunidade”, afirmou o secretário da Educação, Maurício Requião.
De acordo com o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, a interiorização mostra a vontade do governo de estar mais perto da população e de seus representantes municipais. Segundo Pessuti, o deslocamento serve para priorizar os atendimentos e facilitar o contato com prefeitos e lideranças políticas. “Quando vem a Curitiba, o prefeito normalmente passa por diversas secretarias, distantes umas das outras, perdendo praticamente um dia inteiro em audiências, o que não acontece quando o governo se instala numa cidade do interior, concentrando o Executivo num único prédio, facilitando assim o acesso, a agilização de processos e a liberação de recursos, quando aprovados pelo governador”, explicou.
Para o secretário do Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, o direcionamento das ações de acordo com as reivindicações locais possibilita respostas rápidas e integradas. “Aumenta a dinâmica da administração estadual porque as ações se concentram regionalmente”, afirmou ressaltando que a interiorização é seqüência de ação conjunta entre as Secretarias que já ocorre normalmente e agora está mais próxima de cada região.
O secretário da Justiça, Aldo Parzianello, ressaltou também a rapidez do atendimento das necessidades dos municípios. O secretário apresentou e teve a aprovação dos termos de permuta que permitem a construção da nova casa de custódia e a desativação da carceragem que existem no centro de Paranaguá durante o evento, mostrando na prática como foi quebrado o trâmite burocrático.
Prática vem da década de 40
Apesar da facilidade de comunicação que a tecnologia permite, o governador Roberto Requião acredita que não é possível administrar um Estado como o Paraná sem sair do seu gabinete. Para ele, é preciso ver in loco a situação de cada região: “A falta de investimentos e o empobrecimento dos últimos oito anos determina a importância das interiorizações que faremos esse ano. No meu primeiro governo, não tínhamos um IDH tão baixo nas nossas cidades”, afirmou o governador.
As interiorizações começaram na década de 40. Por orientação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o interventor Brasil Pinheiro Machado viajava pelo Paraná com uma equipe de reportagem para produzir e distribuir matérias sobre a situação do Estado. Esse foi o primeiro objetivo da interiorização de governo, que continuou a ser realizada por vários governadores, mas com finalidades diferentes.