O governo não deverá iniciar a construção da usina nuclear Angra 3 em 1º de setembro, como chegou a ser anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O próprio ministro admitiu na quinta-feira (28) que o prazo não deve ser cumprido. Ele não deu uma nova data, mas disse que a Eletronuclear, estatal encarregada de construir e operar a usina, vai aguardar a visita de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) às instalações da usina antes de iniciar os trabalhos.

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O início das obras de Angra 3 depende ainda da liberação, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), da licença de instalação da usina. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o documento não foi emitido porque a Eletronuclear ainda não entregou a documentação necessária. “Essa bola está com eles. Eles ainda não apresentaram o que foi solicitado”, disse Minc. O Ibama liberou a licença prévia de Angra 3 no mês passado, mas fez 60 exigências à Eletronuclear. A condicionante mais polêmica – que tem de ser sanada antes de a usina entrar em funcionamento – é a que determina à empresa encontrar uma solução definitiva para o lixo nuclear de Angra 3.

Jirau

Minc disse também que, “em breve”, a área ambiental do governo concluirá a análise dos impactos ao meio ambiente e da proposta do consórcio Energia Sustentável do Brasil de alterar em nove quilômetros o local de construção da usina hidrelétrica de Jirau no Rio Madeira, em Rondônia. O consórcio, liderado pela multinacional francesa Suez, venceu o leilão de Jirau em maio e, após a vitória, anunciou a mudança no projeto. A proposta vem sendo questionada pelo consórcio derrotado na disputa, liderado por Furnas e Odebrecht. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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