O diretor geral licenciado da Usina de Itaipu, Jorge Samek, ganhou o reforço dos deputados estaduais e federais eleitos pelo PT e da ex-candidata ao Senado pelo partido, Gleisi Hoffmann, na coordenação da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná. No estado, Lula obteve 841 mil e 983 votos a menos que o candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, que fez 53,01% dos votos no estado contra 37,90% do petista.
O presidente estadual do partido, André Vargas, disse que no primeiro turno quase não houve campanha para Lula no Paraná. O partido dedicou-se à campanha dos candidatos majoritários e proporcionais no primeiro turno e agora vai entrar na batalha do segundo turno, afirmou. Vargas informou que o episódio da compra do dossiê contendo denúncias contra candidatos do PSDB foi fatal para o desempenho do presidente no Paraná. ?Foi mortal para nós e virou a eleição?, comentou.
No segundo turno, os eleitos do partido no estado vão pedir votos para Lula nas regiões do estado onde tiveram a melhor votação individual. A candidata ao Senado, que registrou 45% dos votos válidos para a vaga, vai percorrer o estado junto com Samek. ?Quero agradecer o voto dos mais de dois milhões de paranaenses que confiaram na minha candidatura ao Senado. E peço a todas estas pessoas que me acompanhem, agora, votando no presidente Lula?, disse Gleisi.
Segundo Samek, a participação da candidata vai impulsionar Lula no Paraná. O coordenador da campanha presidencial citou que ela venceu a eleição em 131 municípios do estado. ?No primeiro turno, a Gleisi teve de se concentrar na sua própria eleição, pois era desconhecida do eleitorado. Mas esse trabalho deu certo. Ela foi a candidata que mais cresceu, conquistou a confiança dos eleitores e, nas urnas, consagrou-se como a grande sensação destas eleições. Hoje, a Gleisi é um grande reforço para a campanha do Lula?, avaliou.
Apoios
Samek e Gleisi ficaram encarregados de costurar o apoio de outros partidos a Lula. Vargas afirmou que a posição do partido na disputa para o governo estadual está vinculada à sucessão presidencial. Ele disse que o PT está discutindo a campanha estadual e que a opção pela candidatura à reeleição do governador Roberto Requião somente será possível se o peemedebista apoiar Lula. ?Isto é o óbvio ululante?, disse.
Os deputados estaduais e federais do partido se reuniram ontem de manhã e à noite em Curitiba para discutir as estratégias da campanha de Lula e também a posição no segundo turno no Paraná. Alguns petistas já aderiram à campanha de Requião, como a deputada federal Clair Martins e o deputado estadual Natálio Stica.
