Divididos na campanha para o governo do Estado, os peemedebistas foram chamados às falas para se unir, agora, na disputa do segundo turno em favor da candidatura de Dilma Rousseff (PT). A senadora eleita, Gleisi Hoffmann, reuniu-se ontem com os deputados estaduais do PMDB para pedir que se integrem à campanha no Paraná. Da bancada atual de dezessete deputados estaduais, dois não atenderam ao apelo. Reinhold Stephanes Junior sequer participou da reunião e, Alexandre Curi, desconversou e não disse nem sim nem não. A posição do PMDB no segundo turno é um assunto espinhoso para uma parte dos deputados reeleitos, que ainda não sabem se vão ficar na oposição ao governo Beto Richa (PSDB) a partir do próximo ano ou se pedirão para entrar no bloco formado por PSDB, DEM, PPS, PP e PSB na bancada de apoio em 2011.

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Arquivo
Gleisi Hoffmann: uma nova jornada.

Antes de se reunir com Gleisi, os deputados tiveram uma reunião de bancada em que ficou decidido que esta discussão será feita somente no próximo ano. O presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, disse que a bancada decidiu dar prioridade à campanha eleitoral do segundo turno. “Essa questão da Assembleia Legislativa será discutida depois da eleição. Havendo uma vitória da Dilma, é uma coisa. O PMDB ganha força. Se perder, teremos menos força”, justificou o dirigente peemedebista.

Cobrança

A senadora eleita disse que os deputados peemedebistas são importantes para ampliar os votos de Dilma Rousseff no Paraná, onde a diferença em relação a José Serra (PSDB) foi de 296.425 mil votos. Gleisi garantiu aos deputados que eles poderão participar das decisões na coordenação regional da campanha, que caberá ao presidente estadual do PT, Ênio Verri. “É uma bancada expressiva e os deputados terão grande influência na eleição”, afirmou.

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Mas após a reunião, Gleisi deixou claro que a participação peemedebista na campanha não se limita à simples colaboração de um aliado. O PMDB tem o candidato a vice-presidente, MIchel Temer, na chapa de Dilma Rousseff, destacou. “O PMDB indicou o candidato a vice-presidente. E já tem participação no governo federal”, afirmou Gleisi. Sobre a posição peemedebista em relação ao governo tucano no Paraná, Gleisi comentou todos os deputados podem ter um diálogo com o governo, sem que necessariamente signifique apoio. “Eu mesma liguei para o Beto Richa para felicitá-lo. E como senadora, não vou fazer nenhum embate com ele se não tiver motivos reais para isso”, observou.

Hoje à noite, as lideranças do PT, o governador Orlando Pessuti (PMDB), o senador eleito Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT) e todos os deputados estaduais e federais eleitos e reeleitos da coligação do primeiro turno devem se reunir para um ato político da campanha em Curitiba. Será o primeiro encontro do grupo após a derrota nas eleições de domingo passado para o governo. Neste encontro, será definido o tom da campanha no Paraná, que deve chegar às ruas no próximo dia 13, quarta-feira, após o feriado do Dia da Padroeira do Brasil.

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