Gionédis não vai depor e CPI decide reconvocá-lo

Apesar da grande expectativa criada em torno de seu depoimento, o ex-secretário da Fazenda Giovani Gionédis não compareceu ontem ao Plenarinho da Assembléia Legislativa, conforme estava previsto. Também não justificou a ausência.

Num ofício anterior encaminhado à comissão, Gionédis havia comunicado que não estaria disponível nos dias 28 e 29 de outubro porque deveria representar clientes em acordo coletivo de trabalho.

A CPI decidiu então que irá reconvocá-lo para a audiência pública de terça-feira (4/11), juntamente com o ex-vice-presidente do Banestado, João Evangelista de Souza. Se os convocados não comparecerem novamente, a comissão recorrerá à Justiça para que assegure a sua oitiva. Os deputados decidiram ainda, acatando sugestão do relator, deputado Mário Bradock (PMDB), convocar o ex-presidente do banco e atual secretário estadual de Administração Reinhold Stephanes para falar sobre o processo de privatização. Isso deve acontecer na segunda-feira (3/11). Será reconvocado para depor na mesma ocasião o representante do Tribunal de Contas do Estado, que também não atendeu à convocação feita pela CPI na semana passada. A comissão tem prazo até o dia 17 de novembro para apresentar seu relatório.

O presidente da CPI, deputado Neivo Beraldin (PDT), destacou que “após seis meses de trabalho intenso e na reta final, alguns convocados se dão ao luxo de estar permanentemente viajando e outros criando dificuldades para serem localizados pessoalmente; é preciso uso da Justiça, que se for necessário será acionada. O prazo dado é suficiente para que não haja qualquer desculpa”.

Gionédis chegou a comparecer ao Plenarinho da Assembléia Legislativa na semana passada, acompanhado pela mulher, a também advogada Louise Pereira Gionédis. O casal acompanhava os depoimentos de membros da comissão de licitação e coordenação da avaliação do banco para venda e discordou da maneira rude como o deputado Mário Bradock conduzia o interrogatório da ex-procuradora-geral do Estado, Márcia Carla Pereira Ribeiro. Acusou a CPI de usar métodos inquisitoriais e se retirou sem prestar os esclarecimentos requeridos pela comissão.

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