Genoíno vem ao Paraná para sintonizar partido

O presidente nacional do PT, José Genoíno, estará em Curitiba na próxima sexta-feira, dia 30, para se reunir com deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores e militantes do partido.

O encontro de Genoíno com os petistas do Paraná coincide com o confronto interno desencadeado pelas propostas de reforma da Previdência enviadas pelo governo ao Congresso Nacional. O presidente do partido vem ao Estado para conversar sobre a conjuntura política atual e “sintonizar o partido no Paraná com o que a direção nacional está fazendo”, explicou o presidente estadual do partido, deputado estadual André Vargas.

No Paraná, a discordância em relação às reformas não chega a preocupar. Até agora, nenhum dos deputados que contestam pontos das propostas do governo declarou que irá votar contra as medidas. O senador Flávio Arns seria o mais resistente às medidas, mas de acordo com Vargas, está em fase de “conversas”.

Genoíno participa com os parlamentares e prefeitos do partido de reunião pela manhã no Hotel Rayon. O dirigente nacional vai almoçar com lideranças e deputados da base de partidos aliados ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como o PMDB, PTB, PPS e PP. No início da tarde, será agendado um encontro com o governador Roberto Requião (PMDB) no Palácio Iguaçu, e no final, com militantes do partido.

Depois de Genoíno, será a vez do ministro da Casa Civil, José Dirceu, vir ao Paraná. José Dirceu participa de uma reunião política em Umuarama, cidade colada a Cruzeiro do Oeste, onde mora José Carlos Becker de Oliveira, filho do ministro. José Dirceu virá a Curitiba, onde está sendo articulada uma reunião com empresários.

Projeto eleitoral

Na pauta do encontro entre o presidente nacional do partido e as bases estaduais entrará também o processo eleitoral do próximo ano. “Essa deve ser uma conversa genérica já que a linha está dada. O partido terá o maior número possível de candidatos próprios sem que isso exclua as possibilidades de alianças.” Vargas afirmou que, ao contrário do PMDB, onde há atritos por conta da promessa de coligação, no PT, o assunto é pacífico. “Sabemos distinguir entre uma relação com o governador e o relacionamento com o PMDB. Nas eleições municipais de 2000, nós tivemos poucas cidades daquelas em que ganhamos a eleição em que o PT fez alianças com o PMDB no primeiro turno. Nem por isso, estivemos separados ou a relação entre os dois partidos sofreu um abalo”, afirmou Vargas.

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