O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, descartou há pouco a possibilidade de o governo brasileiro anunciar durante sua visita a Israel a instalação de um escritório de negócios no país, algo que passou a ser cogitado como uma forma de evitar, num primeiro momento, a polêmica transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. “Não está planejado declarar ainda”, afirmou.

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O ministro também disse que um dos principais contatos entre os países é na área de segurança, em linha com o discurso feito na chegada, em Tel Aviv nesta manhã, madrugada no Brasil, pelo presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, ressaltou que não necessariamente haja um anúncio formal.

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“Não dá para adiantar porque são assuntos que têm um grau de sigilo grande. A visita aqui não quer dizer que vamos comprar, até porque hoje não estamos em condições de fazer isso, mas é lógico que Israel é desenvolvido na área de equipamento miliar. Se houver uma proposta razoável, que nos interesse, pode acontecer, mas nada específico”, explicou ao falar com jornalistas no King David Hotel, onde a comitiva presidencial está instalada em Jerusalém. “Pode também não ter (anúncio), é natural.”

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O general comentou que o contato nessa área entre os dois países é grande e que os israelenses estão à frente dos avanços tecnológicos. “Temos já muito contato com eles, que estão na nossa frente por uma questão de necessidade. Sempre tivemos esse contato e a ideia é aprimorar esse contato. Hoje, a parte tecnológica evolui muito rapidamente”, considerou.

Um dos principais pontos de discussão, de acordo com ele, é com a tecnologia para dessazonalizar a água no Nordeste. “Eles têm tecnologia para colocar água permanentemente, não só com cisternas. Não é fácil.”