Fruet define destino partidário até o fim do mês

O deputado federal Gustavo Fruet pretende definir até o final de janeiro seu futuro partidário. Desligado do PMDB desde o ano passado, ele vem mantendo conversas com outras legendas, principalmente o PSDB, o PDT e o PPS. A tendência é juntar-se ao PSDB, partido pelo qual seu pai, o ex-prefeito Maurício Fruet, chegou a disputar uma vaga ao Senado em 1990. Além disso, na última campanha eleitoral, Gustavo apoiou a candidatura do tucano Beto Richa à Prefeitura de Curitiba.

Mas antes de oficializar sua posição, o deputado conversa com Richa, com lideranças locais do PSDB e com o líder do partido na Câmara Federal, Custódio de Mattos (MG). Nessas conversas entram as perspectativas eleitorais para 2006, quando a legenda tucana deve se apresentar como a principal força de oposição ao governo federal. Fruet, que tentou por duas vezes obter a indicação do PMDB para disputar a Prefeitura de Curitiba, é considerado uma peça importante na formação das alianças regionais e uma liderança estadual em ascensão.

Missão oficial

Antes de iniciar qualquer conversa, porém, ele viaja para a Itália na semana que vem, integrando uma missão oficial composta ainda pelo presidente da Câmara Federal, João Paulo Cunha (PT), pelo presidente do PSDB paulista, deputado Antônio Carlos Panunzzio, e pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP). A comitiva viaja à convite do governo italiano e fica sete dias naquele país, visitando Gênova e Roma. Em Gênova, vai conhecer o sistema de consórcios municipais para integração das ações nas áreas de transporte e saúde. E em Roma, o parlamento italiano, que está em pleno funcionamento. Também participa de uma homenagem que o Movimento Focolare, ligado a Igreja Católica, faz a João Paulo Cunha.

Nos dias 16 e 17 de fevereiro, Fruet estará à frente das reuniões da comissão especial que investiga as denúncias contra o deputado carioca André Luiz. Já estão previstos os depoimentos do advogado do empresário da área de jogos Carlinhos Cachoeira, e do publicitário Alexandre Chaves, que gravou a conversa em que o ex-assessor do ministro José Dirceu (PT), Valdomiro Diniz, supostamente negocia comissões com Cachoera. André Luiz, que não compareceu a nenhuma das audiências marcadas para ouvi-lo, agora deseja depor, e poderá ser ouvido num desses dois dias. (SCP)

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