O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) está aproveitando o recesso parlamentar para concretizar sua candidatura ao Senado nas eleições de 2010. Correndo o estado e conversando com as principais lideranças paranaenses, como Alvaro Dias, Osmar Dias e Beto Richa, além dos homens fortes do PSDB nacional, como os presidenciáveis José Serra e Aécio Neves, Fruet espera ser o nome do PSDB, e de sua coligação na urna como candidato a senador em outubro de 2010.

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“Minha candidatura está se consolidando, mas é o tempo que vai dizer. Há um cenário positivo sendo desenhado, mas só tem sentido se for o desejo do PSDB e da coligação”, disse o deputado, que incluiu uma visita à redação dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná, e ao ex-governador Paulo Pimentel, na sua agenda de articulações.

Para Fruet, o bom desempenho nas recentes pesquisas, o desejo popular de renovação do Senado perante o quadro de crise, a necessidade de se construir uma maioria para o caso de o novo presidente ser tucano e o fato de, provavelmente, nenhum dos dois senadores que estão encerrando mandato (Osmar Dias PDT e Flávio Arns PT) disputarem a reeleição são os fatores que viabilizam sua candidatura.

O deputado admitiu que terá o governador Roberto Requião (PMDB) como um dos principais adversários, mas, além de ressaltar que serão duas vagas em jogo, lembrou que os palanques conquistados poderão ser decisivos.

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“O PT deverá ter candidato ao Senado, provavelmente a Gleisi (Hoffmann), numa chapa com o Osmar Dias (PDT) e a ministra Dilma Rousseff. Nós teremos também candidato ao governo e à presidência. Ainda não sabemos a posição do PMDB nacional, mas se ele for mesmo com o Pessuti (Orlando) até o fim, pode ficar sem palanque federal”, analisou.

Apesar de ter citado que PT e PDT deverão estar juntos, sendo adversários do PSDB, Fruet defendeu que os tucanos mantenham o diálogo no sentido de tentar a continuidade da aliança com o PDT.

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“O debate sobre as eleições foi antecipado e o cenário nacional terá grande influência sobre os estados. É natural que as principais lideranças busquem seu espaço, como estão fazendo Osmar, Alvaro e Beto. Mas ainda faltam onze meses para as convenções e tudo o que se falar agora é especulação”, disse Fruet.

Preparando-se para voltar a Brasília, Fruet analisou, também, a crise enfrentada pelo Congresso. “Essa crise não terminou e tende a aprofundar. A questão é saber de que forma ela vai afetar os trabalhos da Câmara, que tem tentado seguir adiante apesar de tudo. Se o Sarney ficar, será um desgaste imenso e, se sair, o Senado terá de em cinco sessões, encontrar alguém para assumir a bomba. Vamos ver até onde o Lula vai segurar”, comentou.

O deputado lembrou que o Congresso terá que tomar posição, neste segundo semestre, a respeito de questões importantes, como a reforma tributária, a jornada de trabalho e o Tratado de Itaipu. “Porque não pode ficar para o ano que vem, que é ano eleitoral e o Congresso para”, lembrou.